domingo, 23 de setembro de 2012

Vidas de Abraham Lincoln e Martin Luther King Jr.

 
Reencarnar para Amar
Vidas de Abraham Lincoln e Martin Luther King Jr.
Na obra “Sessões Espíritas na Casa Branca”, de Nettie Maynard e Wallace Rodrigues (espírita de referência da Casa Editora O Clarim), enfoca-se a missão de Abraham Lincoln, como 16º Presidente dos Estados Unidos, e o que o levou, como espírita consciente, a realizar sessões espíritas na Casa Presidencial daquela nação. A autora, médium inconsciente (que acompanhou de perto as actividades espíritas do Presidente Lincoln, junto à sua esposa também médium Mary Lincoln) narra-nos factos notáveis ocorridos na fase mais difícil daquela Presidência, que foi a Guerra de Secessão promovida pelos Estados do Sul contra a emancipação dos escravos pelo Presidente Lincoln, com a previsão de seu assassinato. E a decisão política, sob orientação espiritual, de prosseguir em sua luta pela emancipação. Lincoln nunca se afastou daqueles sublimes propósitos, mesmo com risco da própria vida.

Na noite de 14 de Abril de 1865, 6.ª feira santa, o famoso actor John Wilkes Booth, defensor da escravatura e com ligações fortes ao Sul, matou o presidente Abraham Lincoln no Teatro Ford, perto da Casa Branca. A morte seria uma vingança pela derrota sulista na Guerra Civil, que sujara o país de sangue nos 4 anos anteriores. Booth atirou na cabeça de Lincoln que estava com a 1ª dama, sendo morto por um soldado 12 dias depois.
Martin Luther King Jr. nasceu em 15 de janeiro de 1929 em Atlanta. Pastor protestante, tornou-se um dos mais importantes activistas dos direitos civis nos Estados Unidos e no mundo, através de uma campanha de não-violência e de amor para com o próximo. A coragem inabalável, a obsessão pela luta pacífica e o gosto pelo diálogo franco não foram as únicas marcas da extraordinária trajectória de Luther King. A sua retórica notável, o dom de cativar, inspirar e mobilizar multidões emocionadas, transformou um movimento político-social numa jornada de elevação espiritual para milhões de negros americanos. Luther King Jr. era odiado por muitos segregacionistas do sul, o que culminou no seu assassinato no dia 4 de abril de 1968, num hotel em Memphis. Um dia depois do seu discurso premonitório “em que atingiu o topo da Montanha e viu a Terra Prometida…”

A 22 de Maio de 2010 em Lisboa, Raul Teixeira no Seminário “Quando a vida responde” fala-nos da sua admiração por Luther King. Um dia, o seu mentor espiritual Camilo revelou-lhe que o pacifista era a reencarnação de John Booth que baleou Lincoln, deixando esposa e filhos do presidente. Tal como sucederia a Luther King quando foi baleado. King Jr. assumiu no plano espiritual a missão de natureza expiatória para resgatar os seus débitos como anterior defensor da escravatura.
Luther King evocou o nome de Lincoln no célebre discurso de liberdade na escadaria do Monumento Memorial Lincoln e é emocionante assistir no vídeo à “fisionomia” da estátua do anterior presidente quando King diz "Eu tenho um Sonho!
Este discurso de Agosto de 1963 foi ouvido por mais de 250.000 pessoas de todas as etnias, após a «Marcha para Washington por Emprego e Liberdade». A manifestação foi pensada como uma maneira de divulgar de uma forma dramática as condições de vida desesperadas dos negros no Sul dos Estados Unidos, e exigir ao poder federal um maior comprometimento na segurança física dos negros e dos defensores dos direitos civis, sobretudo no Sul.
Raul Teixeira também diz que reforçou a sua admiração por Nelson Mandela, quando o espírito Camilo lhe revelou que ele tinha sido, numa das suas vidas anteriores, um general das tropas inglesas que invadiram a África do Sul, implementando o Apartheid. Hoje com 92 anos, Mandela pode afirmar “missão cumprida!” Em 2007 a Rainha Isabel II de Inglaterra homenageou-o na praça do Parlamento, perto das estátuas de Winston Churchill e… Abraham Lincoln. É o único líder africano que tem uma estátua em Londres. Ecos do passado

No livro “De Kennedy ao Homem Artificial”, Luciano dos Anjos e Hermínio C. Miranda invocam “motivos que podem levar a crer que John Kennedy era o actor John Booth, assassino do presidente Abraham Lincoln”, baseados sobretudo em coincidências numerológicas entre Lincoln e Kennedy… (o que levou outras pessoas a achar que era o mesmo espírito) Posteriormente, Luciano diz que “Hermínio apresentou muito bons argumentos para defender a tese de que Kennedy talvez não fosse a reencarnação de John Booth, mas, com mais razão, a do então ministro da Guerra de Lincoln - Edwin Stanton - tido por historiadores como o homem que estaria por trás de toda a trama do assassinato do presidente.”
Sonhos Premonitórios
Discute-se, freqüentemente, sobre a possibilidade de se conhecer o futuro. Dizem alguns que o futuro a Deus pertence. Entretanto, existem situações através das quais algumas pessoas entram numa determinada faixa vibratória, seja por revelação feita diretamente por Espíritos, sonhos ou clarividência sonambúlicas (o espírito fica parcialmente liberto do corpo físico), e elas têm acesso a informações sobre o futuro.
Não é tão raro quanto se imagina. Embora a maioria desses fenômenos não seja divulgada, quando acontece entre pessoas ilustres despertam mais interesse e divulgação.
Como exemplo, lembramos dois casos bastante conhecidos: o de Martin Luther King e o de Abraham Lincoln.
a) Martin Luther King
Revela o jornal parisiense, France-Dimanche em seu número 1.130, que dois dias antes de ser assassinado, o líder negro tivera um sonho em que se via estendido em um caixão mortuário e cercado de milhares de pessoas. Impressionado com o sonho, chamou seu amigo Andy Young e telefonou para a sua esposa informando sobre o acontecido.
Na véspera da tragédia, ele se encontrava discursando para os membros das associações sanitárias em Memphis, quando surpreendeu a todos falando: “muitas vezes penso na minha morte e no meu enterro. Se um dia alguém de vós falar sobre a minha campa, diga que Martin Luther King deu a vida pelos seus irmãos, para vestir os pobres e alimentar os esfomeados”. Parecia sem sentido o que falara. Porém, a previsão tornou-se realidade; algum tempo depois, ele foi assassinado.
b) Abraham Lincoln
Alguns dias antes de ser assassinado, Lincoln teve um sonho que o deixou impressionado. Numa oportunidade onde se encontrava com algumas pessoas, inclusive a sua esposa, ele contou:
“Há uns dez dias recolhi-me muito tarde. Pouco tempo depois de estar deitado, caí em sonolência, pois estava fatigado e, em breve, comecei a sonhar. Parecia haver, à minha volta, um silêncio de morte. Subitamente ouvi soluços convulsivos, como se muitas pessoas estivessem chorando. Julguei ter deixado a cama e que vagueava pelo andar inferior. Aí o silêncio foi quebrado por dolorosos soluços, embora a pessoa que assim se lamentava estivesse invisível. Andei de sala em sala. Não havia à vista qualquer pessoa viva, mas, onde quer que passasse, esperavam-me os mesmos lamentos de dor, todos os móveis me eram familiares. Onde estavam, contudo, aquelas pessoas que assim se lamentavam como se seus corações estivessem dilacerados? Sentia-me, em verdade, confuso e alarmado. Que significaria tudo aquilo? Decidido a descobrir a causa do mistério, continuei deambulando até a sala oriente. Ali me esperava uma surpresa macabra.
Diante de mim erguia-se um cadafalso, no qual repousava um cadáver envolto em vestes fúnebres. Em volta perfilavam-se soldados, fazendo guarda, e uma enorme multidão. Outros contemplavam lamentosamente o corpo cuja face estava coberta. Outros soluçavam piedosamente.
– Quem morreu na Casa Branca? – perguntei a um dos soldados.
– O Presidente – foi a resposta.
– Ele foi assassinado.
"Da multidão veio, então, uma explosão ruidosa de dor que me despertou do sonho. Não dormi mais naquela noite e, se bem que se trate de um sonho, desde então encontro-me estranhamente indisposto”.
Não demorou mais do que alguns dias, em 14 de abril de 1865, no Teatro Ford, de Washington, Abraham Lincoln, era alvejado por um tiro de pistola, vindo a falecer no dia seguinte.
Sejam quais forem as definições dadas para os sonhos, se não se considera a participação do Espírito, tornam-se estas sem consistência.
Para uma explicação mais lógica, que elucide este mistério dos sonhos (inalcançável pela ciência materialista), trazemos a lume definição de Kardec (codificador da Doutrina Espírita): “Os sonhos são efeito da emancipação da alma, que mais independente se torna pela suspensão da vida ativa e de relação. Daí uma espécie de clarividência indefinida que se alonga até os mais afastados lugares e até mesmo a outros mundos” (O Livro dos Espíritos, p. 216).
Neste estado de liberação, provisória (pelo sono), também o Espírito poderá ter acesso aos arquivos do inconsciente, onde se encontram registrados episódios importantes de sua vida, tanto com relação ao passado, como ao planejamento com relação ao futuro. Como parte integrante deste, a data e o gênero de morte.
Bibliografia:

ALVES NETO, Aureliano. O Espiritismo explica. Editora Edicel.

Mais do que a curiosidade do jogo “Quem foi quem?”, a reencarnação ensina-nos que o Amor cobre a multidão dos pecados” como diz Simão Pedro. Há espíritas que ainda acham que a lei de causa-efeito é como a lei de talião ou a concepção de carma fatalista e castigadora.
Raul Teixeira relata-nos casos em que por ex. um médico abortista que cometeu diversos crimes contra a vida, chega ao plano espiritual e apercebendo-se dos equívocos da sua visão materialista, pode renascer sem deficiências físicas. O Amor de Deus é bem melhor que castigá-lo numa cama! Porque não aproveitar os seus conhecimentos para como médico salvar vidas de recém-nascidos? E chorar com os Pais daquelas que não pôde salvar (seu inconsciente a trabalhar…).
Da mesma forma, brilhantes oradores mas que aproveitaram a sua condição pública para propagar ideias negativas e prejudiciais à sociedade, podem não reencarnar mudos ou na condição de idiotia mental pelo abuso de inteligência, mas aproveitar para, como palestrantes renascidos na mensagem optimista, consolarem multidões, salvando vidas, evitando suicídios. Eis a misericórdia divina!
Podemos assim minorar o mal que fizemos com todo o bem que podemos e devemos fazer. Todos temos débitos mas essencial é darmos crédito(s) a nós próprios, pela acção da nossa vontade.
Nuno Emanuel - Artigo para o Roteiro de Luz do CEPC (Junho 2010)