Reencarnar
para Amar
Na obra “Sessões Espíritas na Casa
Branca”, de Nettie Maynard e Wallace Rodrigues (espírita de referência da Casa
Editora O Clarim), enfoca-se a missão de Abraham Lincoln, como 16º Presidente
dos Estados Unidos, e o que o levou, como espírita consciente, a realizar
sessões espíritas na Casa Presidencial daquela nação. A autora, médium
inconsciente (que acompanhou de perto as actividades espíritas do Presidente
Lincoln, junto à sua esposa também médium Mary Lincoln) narra-nos factos
notáveis ocorridos na fase mais difícil daquela Presidência, que foi a Guerra
de Secessão promovida pelos Estados do Sul contra a emancipação dos escravos
pelo Presidente Lincoln, com a previsão de seu assassinato. E a decisão
política, sob orientação espiritual, de prosseguir em sua luta pela
emancipação. Lincoln nunca se afastou daqueles sublimes propósitos, mesmo com
risco da própria vida.
Na noite de 14 de Abril de 1865,
6.ª feira santa, o famoso actor John Wilkes Booth, defensor da escravatura e
com ligações fortes ao Sul, matou o presidente Abraham Lincoln no
Teatro Ford, perto da Casa Branca. A morte seria uma vingança pela derrota
sulista na Guerra Civil, que sujara o país de sangue nos 4 anos anteriores.
Booth atirou na cabeça de Lincoln que
estava com a 1ª dama, sendo morto por um soldado 12 dias depois.
Martin Luther King Jr. nasceu em 15 de janeiro de 1929 em Atlanta. Pastor protestante, tornou-se um
dos mais importantes activistas dos direitos civis nos Estados Unidos e no
mundo, através de uma campanha de não-violência
e de amor para com o próximo. A coragem inabalável, a obsessão pela luta
pacífica e o gosto pelo diálogo franco não foram as únicas marcas da
extraordinária trajectória de Luther King. A sua retórica notável, o dom de
cativar, inspirar e mobilizar multidões emocionadas, transformou um movimento
político-social numa jornada de elevação espiritual para milhões de negros
americanos. Luther King Jr. era odiado por muitos segregacionistas do sul, o
que culminou no seu assassinato
no dia 4 de abril
de 1968, num hotel em Memphis. Um dia depois do
seu discurso premonitório “em que atingiu o topo da Montanha e viu a Terra
Prometida…”
A 22 de Maio de 2010 em Lisboa,
Raul Teixeira no Seminário “Quando a vida responde” fala-nos da sua admiração
por Luther King. Um dia, o seu mentor espiritual Camilo revelou-lhe que o
pacifista era a reencarnação de John Booth que baleou Lincoln, deixando esposa
e filhos do presidente. Tal como sucederia a Luther King quando foi baleado.
King Jr. assumiu no plano espiritual a missão de natureza expiatória para resgatar
os seus débitos como anterior defensor da escravatura.
Luther King evocou o nome de
Lincoln no célebre discurso de liberdade na escadaria do Monumento Memorial
Lincoln e é emocionante assistir no vídeo à “fisionomia” da estátua do anterior
presidente quando King diz "Eu tenho um
Sonho!
Este discurso de Agosto de 1963
foi ouvido por mais de 250.000 pessoas de todas as etnias, após a «Marcha para
Washington por Emprego e Liberdade». A manifestação foi pensada como uma
maneira de divulgar de uma forma dramática as condições de vida desesperadas
dos negros no Sul dos Estados Unidos, e exigir ao poder federal um maior
comprometimento na segurança física dos negros e dos defensores dos direitos
civis, sobretudo no Sul.
Raul Teixeira também diz que reforçou a sua
admiração por Nelson Mandela, quando o espírito Camilo lhe revelou que ele
tinha sido, numa das suas vidas anteriores, um general das tropas inglesas que
invadiram a África do Sul, implementando o Apartheid. Hoje com 92 anos, Mandela
pode afirmar “missão cumprida!” Em 2007 a Rainha Isabel II de Inglaterra
homenageou-o na praça do Parlamento, perto das estátuas de Winston Churchill e…
Abraham Lincoln. É o único líder africano que tem uma estátua em Londres. Ecos
do passado
No livro “De Kennedy ao Homem
Artificial”, Luciano dos Anjos e Hermínio C. Miranda invocam “motivos que podem
levar a crer que John Kennedy era o actor John Booth, assassino do presidente
Abraham Lincoln”, baseados sobretudo em coincidências numerológicas entre
Lincoln e Kennedy… (o que levou outras pessoas a achar que era o mesmo
espírito) Posteriormente, Luciano diz que “Hermínio apresentou muito bons
argumentos para defender a tese de que Kennedy talvez não fosse a reencarnação
de John Booth, mas, com mais razão, a do então ministro da Guerra de Lincoln -
Edwin Stanton - tido por historiadores como o homem que estaria por trás de
toda a trama do assassinato do presidente.”
Sonhos Premonitórios
Discute-se, freqüentemente, sobre a possibilidade
de se conhecer o futuro. Dizem alguns que o futuro a Deus pertence. Entretanto,
existem situações através das quais algumas pessoas entram numa determinada
faixa vibratória, seja por revelação feita diretamente por Espíritos, sonhos ou
clarividência sonambúlicas (o espírito fica parcialmente liberto do corpo
físico), e elas têm acesso a informações sobre o futuro.
Não é tão raro quanto se imagina. Embora a maioria
desses fenômenos não seja divulgada, quando acontece entre pessoas ilustres
despertam mais interesse e divulgação.
Como exemplo, lembramos dois casos bastante
conhecidos: o de Martin Luther King e o de Abraham Lincoln.
a) Martin
Luther King
Revela o jornal parisiense, France-Dimanche em seu
número 1.130, que dois dias antes de ser assassinado, o líder negro tivera um
sonho em que se via estendido em um caixão mortuário e cercado de milhares de
pessoas. Impressionado com o sonho, chamou seu amigo Andy Young e telefonou
para a sua esposa informando sobre o acontecido.
Na véspera da tragédia, ele se encontrava
discursando para os membros das associações sanitárias em Memphis, quando
surpreendeu a todos falando: “muitas vezes penso na minha morte e no meu
enterro. Se um dia alguém de vós falar sobre a minha campa, diga que Martin
Luther King deu a vida pelos seus irmãos, para vestir os pobres e alimentar os
esfomeados”. Parecia sem sentido o que falara. Porém, a previsão tornou-se
realidade; algum tempo depois, ele foi assassinado.
b) Abraham
Lincoln
Alguns dias antes de ser assassinado, Lincoln teve
um sonho que o deixou impressionado. Numa oportunidade onde se encontrava com
algumas pessoas, inclusive a sua esposa, ele contou:
“Há uns dez dias recolhi-me muito tarde. Pouco
tempo depois de estar deitado, caí em sonolência, pois estava fatigado e, em
breve, comecei a sonhar. Parecia haver, à minha volta, um silêncio de morte.
Subitamente ouvi soluços convulsivos, como se muitas pessoas estivessem
chorando. Julguei ter deixado a cama e que vagueava pelo andar inferior. Aí o
silêncio foi quebrado por dolorosos soluços, embora a pessoa que assim se lamentava
estivesse invisível. Andei de sala em sala. Não havia à vista qualquer pessoa
viva, mas, onde quer que passasse, esperavam-me os mesmos lamentos de dor,
todos os móveis me eram familiares. Onde estavam, contudo, aquelas pessoas que
assim se lamentavam como se seus corações estivessem dilacerados? Sentia-me, em
verdade, confuso e alarmado. Que significaria tudo aquilo? Decidido a descobrir
a causa do mistério, continuei deambulando até a sala oriente. Ali me esperava
uma surpresa macabra.
Diante de mim erguia-se um cadafalso, no qual
repousava um cadáver envolto em vestes fúnebres. Em volta perfilavam-se
soldados, fazendo guarda, e uma enorme multidão. Outros contemplavam
lamentosamente o corpo cuja face estava coberta. Outros soluçavam piedosamente.
– Quem morreu na Casa Branca? – perguntei a um dos
soldados.
– O Presidente – foi a resposta.
– Ele foi assassinado.
"Da multidão veio, então, uma explosão ruidosa de
dor que me despertou do sonho. Não dormi mais naquela noite e, se bem que se
trate de um sonho, desde então encontro-me estranhamente indisposto”.
Não demorou mais do que alguns dias, em 14 de abril
de 1865, no Teatro Ford, de Washington, Abraham Lincoln, era alvejado por um
tiro de pistola, vindo a falecer no dia seguinte.
Sejam quais forem as definições dadas para os
sonhos, se não se considera a participação do Espírito, tornam-se estas sem
consistência.
Para uma explicação mais lógica, que elucide este
mistério dos sonhos (inalcançável pela ciência materialista), trazemos a lume
definição de Kardec (codificador da Doutrina Espírita): “Os sonhos são
efeito da emancipação da alma, que mais independente se torna pela suspensão da
vida ativa e de relação. Daí uma espécie de clarividência indefinida que se
alonga até os mais afastados lugares e até mesmo a outros mundos” (O Livro dos
Espíritos, p. 216).
Neste estado de liberação, provisória (pelo sono),
também o Espírito poderá ter acesso aos arquivos do inconsciente, onde se
encontram registrados episódios importantes de sua vida, tanto com relação ao
passado, como ao planejamento com relação ao futuro. Como parte integrante
deste, a data e o gênero de morte.
Bibliografia:
ALVES NETO, Aureliano. O Espiritismo explica. Editora Edicel.
ALVES NETO, Aureliano. O Espiritismo explica. Editora Edicel.
Mais do que a curiosidade do jogo
“Quem foi quem?”, a reencarnação ensina-nos que o Amor cobre a multidão dos
pecados” como diz Simão Pedro. Há espíritas que ainda acham que a lei de
causa-efeito é como a lei de talião ou a concepção de carma fatalista e
castigadora.
Raul Teixeira relata-nos casos em
que por ex. um médico abortista que cometeu diversos crimes contra a vida,
chega ao plano espiritual e apercebendo-se dos equívocos da sua visão
materialista, pode renascer sem deficiências físicas. O Amor de Deus é bem
melhor que castigá-lo numa cama! Porque não aproveitar os seus conhecimentos
para como médico salvar vidas de recém-nascidos? E chorar com os Pais daquelas
que não pôde salvar (seu inconsciente a trabalhar…).
Da mesma forma, brilhantes
oradores mas que aproveitaram a sua condição pública para propagar ideias
negativas e prejudiciais à sociedade, podem não reencarnar mudos ou na condição
de idiotia mental pelo abuso de inteligência, mas aproveitar para, como
palestrantes renascidos na mensagem optimista, consolarem multidões, salvando
vidas, evitando suicídios. Eis a misericórdia divina!
Podemos assim minorar o mal que
fizemos com todo o bem que podemos e devemos fazer. Todos temos débitos mas
essencial é darmos crédito(s) a nós próprios, pela acção da nossa vontade.
P.S. Curioso este relato http://www.oconsolador.com.br/43/altamir_cunha.html
Nuno Emanuel - Artigo para o
Roteiro de Luz do CEPC (Junho 2010)