sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Nitrogênio e Vida



Do livro Os Mensageiros, espírito Andre Luiz, Chico Xavier.

“Como sabemos, organismo algum poderá viver na Terra sem essa substância e, embora se locomova, no oceano de nitrogênio, respirando-o na média de mil litros por dia, não pode o homem, como nenhum ser vivo do planeta, apropriar-se do nitrogênio do ar. Por enquanto, não permite o Senhor a criação de células nos organismos viventes do nosso mundo, que procedam à absorção espontânea desse elemento de importância primordial na
manutenção da vida, como acontece ao oxigênio comum. Somente as plantas,
infatigáveis operárias do orbe, conseguem retirá-lo do solo, fixando-o para o
entretenimento da vida noutros seres. Cada grão de trigo é uma bênção nitrogenada para sustento das criaturas, cada fruto da terra é uma bolsa de açúcar e albumina, repleta do nitrogênio indispensável ao equilíbrio orgânico dos seres vivos.
“Todas as indústrias agropecuárias não representam, na essência, senão a procura organizada e metódica do precioso elemento da vida. Se o homem conseguisse fixar dez gramas, aproximadamente, dos mil litros de nitrogênio que respira diariamente, a Crosta estaria transformada no paraíso verdadeiramente espiritual. Mas, se muito nos dá o Senhor, é razoável que exija a colaboração do nosso esforço na construção da nossa própria felicidade.
Mesmo em Nosso Lar, ainda estamos distantes da grande conquista do alimento
espontâneo pelas forças atmosféricas, em caráter absoluto. E o homem, meus amigos, transforma a procura de nitrogênio em movimento de paixões desvairadas, ferindo e sendo ferido, ofendendo e sendo ofendido, escravizando e tornando-se cativo, segregado em densas trevas! Ajudemo-lo a compreender, para que se organize uma era nova. Auxiliemo-lo a amar a terra, antes de explorá-la no sentido inferior, a valer-se da cooperação dos animais, sem os recursos do extermínio! Nessa época, o matadouro será convertido em local de cooperação, onde o homem atenderá aos seres inferiores e onde estes atenderão às necessidades do homem, e as árvores úteis viverão em meio do respeito que lhes é devido. Nesse tempo sublime, a indústria glorificará o bem e, sentindo-nos o entendimento, a boa vontade e a veneração às leis divinas, permitir-nos-á o Senhor, pelo menos em parte, a solução do problema técnico de fixação do nitrogênio da atmosfera. Ensinemos aos nossos irmãos que a vida não é um roubo incessante, em que a planta lesa o solo, o animal extermina a planta e o homem assassina o animal, mas um movimento de permuta divina, de coopetração generosa, que nunca perturbaremos sem grave dano à própria condição de criaturas responsáveis e evolutivas! Não condenemos! Auxiliemos sempre!”

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O nitrogênio e a nossa evolução




O nitrogênio é um elemento químico essencial para a sobrevivência dos seres vivos em nosso planeta, porém, por mais que vivamos imersos nessa substância – o ar que respiramos é composto por 78% de nitrogênio –, somos incapazes de absorvê-lo através de nossas vias respiratórias. “Por enquanto, não permite o Senhor a criação de células nos organismos viventes do nosso mundo, que procedam à absorção espontânea desse elemento de importância primordial na manutenção das vidas como acontece ao oxigênio comum.” (Os Mensageiros, Cap. 42, p. 103). Além disso, alguns de seus compostos podem constituir sério risco à saúde do homem, dependendo do estágio de oxidação em que se encontram, como por exemplo: nitrogênio amoniacal, nitrogênio albuminoide, nitrito e nitrato.

“Somente as plantas, infatigáveis operárias do orbe, conseguem retirá-lo do solo, fixando-o para o entretenimento da vida noutros seres. Cada grão de trigo é uma bênção nitrogenada para sustento das criaturas, cada fruto da terra é uma bolsa de açúcar e albumina, repleta do nitrogênio indispensável ao equilíbrio orgânico dos seres vivos. [...] Se o homem conseguisse fixar dez gramas, aproximadamente, dos mil litros de nitrogênio que respira diariamente, a Crosta estaria transformada no paraíso verdadeiramente espiritual. Mas, se muito nos dá o Senhor, é razoável que exija a colaboração do nosso esforço na construção da nossa própria felicidade.” (Idem).

Como nos relata André Luiz, no trecho do livro Os Mensageiros, citado acima, as plantas são nossa principal fonte de nitrogênio, através de um processo de simbiose com algumas bactérias do solo, chamadas de rizóbios. Essas bactérias absorvem o nitrogênio diretamente do ar e fornecem parte dele às plantas, que, por sua vez, o transforma em compostos, gerando as proteínas e os ácidos nucleicos tão importantes para a saúde dos animais.


Ao analisarmos a natureza com seu ciclo perfeito, o comportamento rude dos homens, e os ensinamentos dos espíritos, percebemos o quanto ainda temos de evoluir. Segundo André Luiz, muitas das disputas travadas pelos homens são, mesmo que imperceptivelmente, pela busca do nitrogênio, transformada em “movimento de paixões desvairadas, ferindo e sendo ferido, ofendendo e sendo ofendido, escravizando e tomando-se cativo, segregado em densas trevas!” (Idem). Se a nossa sobrevivência depende dele, nosso corpo clama por ele, mas ainda não somos capazes de entender verdadeiramente que a melhor forma de obtê-lo é através do amor incondicional ao próximo. Para isso, é preciso deixar de lado o apego à matéria e nos elevar espiritualmente.

O dia em que os homens aprenderem a amar não mais existirá guerras, ganância, inveja, vaidade; graças à providência Divina, serão capazes de sorver a quantidade de nitrogênio necessária à manutenção de sua saúde, e as doenças figurarão apenas nas lendas e histórias contadas por seus ancestrais.

Fonte: http://blogcaravana.blogspot.com.br/2011/08/o-nitrogenio-e-nossa-evolucao.html?m=1