quinta-feira, 29 de julho de 2010

Pesquisa sobre Egoismo

PESQUISA – AÇÃO DA MATÉRIA SOBRE O ESPÍRITO

Esta pesquisa foi iniciada a partir de uma determinada palestra onde foi citado o psiquiatra suíço Carl Jung, o qual considerava que grande número de indivíduos são muito influenciados pela primária imperfeição humana denominada Egoísmo, que é transmitido ao homem desde os primórdios da escala da evolução espiritual, iniciando-se do instinto, atributo essencial para a sobrevivência de qualquer sistema de vida. Surgiu certo interesse em aprofundar este assunto procurando estabelecer fundamentos para a assertiva do citado autor.
Alguns trechos foram extraídos de citações bíblicas e outros, com a fundamentação na doutrina dos espíritos, codificada por Allan Kardec.
Paulo de Tarso sobre este assunto assim se refere:
(a ordem dos versículos foi alterada para melhor entendimento);
Em a Epístola aos Romanos :
VI - 6 Sabendo nós que o nosso homem velho foi crucificado juntamente com Ele, a fim de que seja destruído o corpo do pecado, para que não sirvamos jamais ao pecado;
VIII – 12 Portanto irmãos, não somos devedores à carne, para que vivamos segundo a carne;
13 Porque se viverdes segundo a carne morrereis; mas se , pelo espírito, fizerdes morrer as obras da carne, viverei;
5 Porque os que são segundo a carne gostam das coisas que são da carne; mas os que são segundo o espírito, gostam das coisas que são do espírito;
XII – 1 ao 3 , Rogo-vos, pois, irmãos pela misericórdia de Deus que ofereçais os vossos corpos como uma hóstia viva, santa, agradável a Deus, que é o culto racional que lhe deveis, e não vos conformeis com este século, mas reformai-vos com o renovamento do vosso espírito para que reconheçais qual é a vontade de Deus, boa, agradável e perfeita;
Paulo ainda nos informa como somos dispostos na dor e como ela a nós se comunica:
I Corintios XII :
12 Mas todos os membros do corpo embora sejam muitos, são contudo um só corpo, assim é também Cristo;
24 E os nossos membros honestos não têm necessidade de nada; mas Deus dispôs o corpo dando maior honra àquele membro, que a não tinha em si, para que não haja cisma no corpo, mas os membros tenham o mesmo cuidado um com os outros; de maneira que se um membro sofre todos os membros sofrem com ele, ou se um membro recebe glória, todos os membros se regozijam com ele;
Na obra O Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo XI, item 11, encontramos rigorosa opinião a cerca do estudo que realizamos;
“O Egoísmo, essa chaga da humanidade deve desaparecer da Terra, cujo progresso moral retarda; ao espiritismo está reservada a tarefa de fazê-la subir na hierarquia dos mundos;
Ao buscar o sentido da palavra Egoísmo nos dicionários, encontramos o seguinte significado: “Excessivo amor ao bem próprio sem atender aos dos outros.”
Leon Denis, em sua obra, O Problema do Ser, página 348, assim relata:
“Não se pode desconhecer que o físico exerce às vezes, grande influência sobre o moral; todavia na luta travada entre ambos, as almas fortes triunfam sempre. Sócrates dizia que havia sentido germinar em si os instintos mais perversos e que os domara.”
Ainda na página 121, Leon Denis, diz:
“Grandioso é o espetáculo da luta do espírito contra a matéria, luta para conquista do globo, luta contra os elementos, os flagelos, contra a miséria, a dor e a morte.”
Partindo deste princípio de estudo, e em observando-se O Livro dos Espíritos, em sua parte introdutória, encontramos vários conceitos que nos auxiliará sobre a matéria estudada:
Introdução:
II – Princípio Vital, o princípio da vida material e orgânica, qualquer que seja a fonte donde promane, princípio esse comum a todos os seres vivos desde as plantas até o homem. ( 7º § ).
VI - O Espírito encarnado, se acha sob a influência da matéria; o homem que vence esta influência, pela elevação e depuração de sua alma, se aproxima dos bons espíritos, em cuja companhia um dia estará ( 24º § ).
- Ensinam-nos que o egoísmo, o orgulho, a sensualidade, são paixões que nos aproximam da natureza animal, prendendo-nos à matéria; que o homem que, já neste mundo se desliga da matéria, desprezando as futilidades mundanas e amando o próximo, se avizinha da natureza espiritual.
Allan Kardec em Obras Póstumas, no capítulo Minha Missão, a título de exemplo, dizia:
“..... Mas também ao lado dessas vicissitudes, que satisfação senti vendo a obra crescer de modo tão prodigioso. Com quantas doces consolações as minhas tribulações foram pagas. Quando me chegava uma decepção, uma contrariedade qualquer, elevava-me pelo pensamento, acima da humanidade; colocava-me, por antecipação, na região dos espíritos e, desse ponto culminante, de onde descobria o meu ponto de atraso, as misérias da vida deslizavam sobre mim sem me atingir, fizera-me disso um tal hábito que os gritos dos maus jamais me perturbaram.”
Em Prolegômenos, da mesma obra, obtemos nova informação sobre a matéria estudada:
O homem quintessencia o espírito pelo trabalho, e tu (acho que a humanidade) sabes que só mediante o trabalho do corpo, o espírito adquire conhecimentos. (12º).

De O Livro dos Espíritos, como base , podemos extrair bastante informação para qualificar o estudo, nas seguintes questões:

17 – É dado ao homem conhecer o princípio das coisas?
R.: Não, Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo.
21 - A matéria existe desde toda a eternidade como Deus, ou foi criada por ele em dado momento?
R.: Só Deus o sabe.....
590 – Não haverá nas plantas, como nos animais, um instinto de conservação, que as induza a procurar o que lhes possa ser útil e a evitar o que lhes possa ser nocivo?
R.: Há se quiserdes uma espécie de instinto dependendo isso da extensão que se dê ao significado desta palavra, é porém um instinto puramente mecânico...
25 – O espírito independe da matéria, ou é apenas uma propriedade desta, como as cores são da luz e o som o é do ar?
R.: São distintos uma do outro; mas a união do espírito e da matéria é necessária para intelectualizar a matéria.
30 – A matéria é formada de um só ou de muitos elementos?
R.: De um só elemento primitivo, os corpos que considerais simples não são verdadeiros elementos, são transformações da matéria primitiva.
31 – Donde se originam as diversas propriedades da matéria?
R.: São modificações que as moléculas elementares sofrem, por efeito da sua união, em certas circunstâncias.
34 – As moléculas tem forma determinada?
R.: Certamente, as moléculas têm uma forma porém não sois capazes de apreciá-la.
34 – a – Essa forma é constante ou variável?
R.: Constante a das moléculas elementares primitivas; variável a das moléculas secundárias, que mais não são do que aglomerações das primeiras, porque o que chamais molécula longe ainda está da molécula elementar.
27 – Há então dois elementos gerais do Universo, a matéria e o espírito?
..... Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal que desempenha o papel intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o espírito possa exercer ação sobre ela....Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito de utiliza é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.
Do livro A Gênese, em seu capítulo X, item 14, podemos em certo sentido compreender a formação dos elementos constitutivos das substâncias:
“ As diferentes combinações dos elementos para formação das substâncias minerais, vegetais, animais, não podem, pois, operar-se, a não ser nos meios e em circunstâncias propícias; fora dessas circunstâncias os princípios elementares estão numa espécie de inércia.
Mas desde que as circunstâncias se tornam favoráveis, começa um trabalho de elaboração, as moléculas entram em movimento, agitam-se, atraem-se, aproximando-se e se separam em virtude da lei de afinidades e por suas múltiplas combinações, compõem a infinita variedade das substâncias.”
Continuando com a leitura de O Livro dos Espíritos, vamos agora entender a necessidade da presença do princípio vital na formação dos corpos;
64 – Vimos que o espírito e a matéria são dois elementos constitutivos do universo, o princípio vital será um terceiro?
R.: É sem dúvida .... , tem sua origem na matéria universal modificada .... é para nós um elemento, como o oxigênio e o hidrogênio, que entretanto não são elementos primitivos, pois que tudo isso deriva de um só princípio.
62 – Qual a causa da animalização da matéria?
R.: Sua união com o princípio vital.
Em concluindo este início da pesquisa podemos estabelecer que como seres humanos e com nossos sentidos voltados à predominância dos instintos, pergunta-se, como estabelecer um tipo de comportamento que nos direcione para a libertação desses vícios e paixões que ainda muito nos transtornam ?
A partir de qual momento, conceituaremos dentro de nós que a direção que tomamos durante a nossa vida, que nos leva para fora da verdadeira vida, que é a espiritual está equivocada, e que o despertamento para esse fato nos fará alterar a nossa maneira de viver?
Primeiramente, deveremos escolher ou visualizar um ponto de partida, e dentro desse roteiro, haveremos de nos guiar por um modelo.
E se para esse modelo optarmos pelo descrito em O Livro dos Espíritos questão 625, Jesus ?
De certa forma em seu evangelho, Ele nos faz compreender claramente, que utiliando-nos do bom livre arbítrio, somente poderemos alcançar a plena liberdade quando nos colocarmos frente a frente com as nossas imperfeições, e Ele aí já nos mostra como nos libertar-mos dos principais instintos corruptores da matéria, tais como o orgulho, o egoísmo e a vaidade, etc.
Nesse sentido o Professor Carlos Torres Pastorino, em sua obra Sabedoria do Evangelho estabeleceu um grande estudo de como pode se dá o conhece-te a ti mesmo, momento este crucial para o ponto de partida da nossa afirmação como criatura divina, portadora de fé e co-criador com Deus.
Seguindo Pastorino, encontramos:
Sabedoria do Evangelho, 1º Volume – Tentação de Jesus
..... “ Antagonista, adversário, tentador, todos os três epítetos referem-se à personalidade: é o quaternário inferior que, pela encarnação, estabelece a separação, a divisão, a desunião entre as criaturas; é o adversário e o antagonista da evolução, que tenta o homem para que volte sempre à matéria.”
Seguindo este início como apresentação, na mesma obra são enumeradas as tentações, e para Pastorino, ele diz que lhe parece mais lógica a sequência dada por Mateus, em seu evangelho:
EGOÍSMO – Transformar as pedras em pães, para saciar a própria fome, trata-se de um desejo animal de satisfazer à fome, isto é, aos apetites egoístas do quaternário inferior.
A resposta de Jesus é extraída do Deuteronômio VIII, 3 – “Nem só de pão vive o homem, mas de tudo o que sai da boca de Deus.”
Faz-nos compreender que a alimentação espiritual da tríade superior também pode saciar essas fomes. Na luta da sobrevivência e do bem estar, da satisfação das necessidades básicas da criatura humana: a fome, o repouso, as ânsias fisiológicas do sexo, as angústias das sensações chamadas físicas na realidade pertencentes ao duplo etérico (perispírito).
VAIDADE – Lançar-se de grande altura confiando que Deus mandará mensageiros para ajudá-lo. O adversário apresenta-se com uma frase do Salmo XCI, 11, 12 – Porque mandou aos seus anjos em teu favor, que te guardem em todos os teus caminhos, eles te levarão nas suas mãos para que o teu pé não tropece em alguma pedra.
Mas Jesus lhe responde com outra do Deuteronômio VI, 16 – “ Não tentarás o Senhor teu Deus, como o tentaste no lugar da tentação.”
A vaidade, própria do Eu personalístico que se julga separado, diferente, e sempre, são rarísimas exceções, superior a todos os demais, é outra das mais difíceis provas a serem superadas pelo espírito mergulhado na cruz da personalidade (espírito encarnado).
ORGULHO – Usar qualquer meio bajulatório para obter fama e poder de domínio. Volta Jesus com o versículo do Deuteronômio VI, 13, mostrando que Deus está acima de tudo, e só a ele podemos e devemos prestar culto, reverência e obediência, não devendo utilizar-nos de meios escusos para adquirir vantagens nem pessoais, nem para grupos.
Esta é a experimentação que as criaturas encarnadas (presas à personalidade crucificadas no quaternário inferior) tem maior dificuldade em superar. Não é mais no duplo etérico (perispírito) com as sensações, nem no astral com as emoções, mas no mais terrível de todos os adversários, maior que os prazeres (sensações), maior que a vaidade (emoções). Trata-se do intelecto, isto é, do orgulho de julgar-se melhor que os outros, acima dos outros. Pode tratar-se de qualquer criatura, nos mais diferentes níveis sociais, há um ponto em que não cede, há sempre um aspecto em que ninguém o iguala.
Podemos apresentar alguns exemplos deste vício que tanto nos desvirtua do verdadeiro caminho;
• ambição desmedida das posses materiais;
• o julgamento que sempre achamos no direito de fazer;
• o domínio de um determinado grupo para fazer valer sua autoridade;
• os ditos escolhidos de Deus.
Para superar essa tentação, há um só remédio: o auto sacrifício do nosso personalismo, ligaremos nosso espírito ao Eu real.
Quando, porém, o homem vence as três etapas, dominando as sensações, as emoções e o intelecto, ele vê que os anjos de Deus vem servi-lo, e o eu menor, se retira vencido, até o momento oportuno, porque outras provas ainda virão, todas elas ensinadas nos evangelhos, e nos demais institutos doutrinários espírita.
De posse deste princípio estudado, busquemos a palavra do professor Allan Kardec, e dos instrutores espirituais, em O Livro dos Espíritos, capítulo XII, questões de 913 a 917:
913 – Dentre os vícios, qual o mais radical?
R.: ..... O Egoísmo....
914 - O homem conseguirá extirpá-lo?
R.: ..... Se instruindo das coisas espirituais ..... dar menos valor as coisas materiais.
915 - ..... Inerente à espécie humana, o egoísmo é um obstáculo ao bem da Terra?
R.: ..... Ele se prende à inferioridade dos espíritos encarnados na Terra. Mas não será isso uma regra, posto que existem muitos homens isentos de egoísmo e praticantes da caridade.
916 – .... O egoísmo parece crescer e se manter, como destruir seu efeito?
R.: ..... Quando os homens realmente forem bons, auxiliando-se reciprocamente, impelidos pela solidariedade.
917 – Qual o meio de destruir-se o Egoísmo?
A esta questão responde um dos espíritos mais conceituados, Fenelon, informando sobre, onde se situa em nosso interior e como prevenir-nos e libertar-nos deste vício; indicando-nos ainda a questão 785, que trata do obstáculo ao progresso, indica-nos que existe uma felicidade maior e mais duradoura.
Até aí a pesquisa circundou o estudo da personalidade das criaturas mais voltadas às sensações, procurando a satisfação dos desejos físicos e materiais.
Em contrapartida foi também elaborado o princípio de como podemos nos libertar desses sentidos mais grosseiros.
Mas passaremos àquele grupo de seres que permanecem refratários aos ensinos doutrinários de Jesus e quais os resultados a que estão passíveis de se sujeitarem.
Através da obra de Leon Denis, O Problema do Ser, capítulo XXVI, obtemos:
“A dor física é, em geral, um aviso da natureza, que procura preservar-nos dos excessos. Sem ela, abusaríamos de nossos órgãos até o ponto de os destruirmos antes do tempo.
Persistindo em desconhecer os avisos repetidos da natureza, deixamos as doenças desenvolverem-se em nós, pode ela ser um benefício, se , causada por nossos abusos e vícios, nos ensinar a detestá-las e corrigir-nos delas. É necessário sofrer para nos conhecermos, e conhecermos bem a vida.
O sofrimento, por sua ação química, tem sempre um resultado útil, mas esse resultado varia infinitamente segundo os indivíduos e seu estado de adiantamento. Apurando o nosso invólucro material dá mais força ao ser interior, mais facilidade para desapegar das coisas terrenas. A dor é como uma asa dada à alma escravizada pela carne para ajudá-la a desprender-se e a elevar-se mais alto.”
E nas obras e André Luiz poderemos desvendar como se darão esses sofrimentos.
Em Mecanismos da Mediunidade, capítulo IV, encontramos a seguinte passagem:
“ Como alicerce vivo de todas as realizações nos planos físico e extrafísico, encontramos o pensamento por agente essencial, entretanto, ele ainda é matéria – a matéria mental.
A matéria mental é o instrumento sutil da vontade, atuando nas formações da matéria física, gerando as motivações do prazer ou desgosto, alegria ou dor, otimismo ou desespero, que não se reduzem efetivamente a abstrações, por representarem turbilhões de força em que a alma cria os seus próprios estados de mentação indutiva, atraindo para si mesma os agentes, por enquanto imponderáveis na Terra, de luz ou sombra, vitória ou derrota, infortúnio ou felicidade.
Pelos princípios mentais que influenciam em todas as direções, encontramos a telementação e a reflexão comandando todos os fenômenos de associação desde o acasalamento dos insetos, até a comunhão dos espíritos superiores, cujo sistema de aglutinação nos é, por agora proibido o conhecimento.
Emitindo uma idéia, passamos a refletir as que se assemelham, idéia essa que para logo se corporifica, com intensidade correspondente à nossa insistência em sustenta-lá, mantendo-nos, assim espontaneamente em comunicação com todos os que nos esposem o modo de sentir.
É nessa projeção de forças, a determinarem o compulsório, o intercâmbio com todas as mentes encarnadas ou desencarnadas que se nos movimenta o espírito no mundo das formas-pensamentos, construções substanciadas na esfera da alma, que nos liberam o passo ou no-lo escravizam, na pauta do bem ou do mal de nossa escolha.”
Wenefledo de Toledo em Estudando a Mediunidade, nos informa:
“O homem vive através de três forças conjugadas, que são: vontade, pensamento e ação”.
• A vontade é a energia que comanda a trajetória do desejo.
• O pensamento é a força viva que manipula a forma pelas idéias.
• A ação é o impulso dado para a direção que o pensamento marcou.
A força magnética é inata ao homem. Todos os corpos a possuem, ela tem duas funções: atração e repulsão. Ela se distingue pela qualidade boa ou má que emite nas diferentes influenciações que exerce sobre o homem.
Os nossos pensamentos mais simples, em aparência, influem sobre nós e sobre os que nos rodeiam, contribuindo assim, em uma certa medida, para a nossa felicidade ou infelicidade. Os pensamentos que emitimos com persistência apegam-se-nos atraindo outros da mesma natureza.”
Mas como se corporificam então essas matérias mentais, causando-nos grande sofrimento e dor? Podemos tomar como caminho sobre esta matéria, a obra de André Luiz em Evolução em Dois Mundos, capítulo XIV, Início da Mentossíntese.
Antes mesmo do estudo da matéria citada, vamos em O Livro dos Espíritos em uma questão muito importante:
459 – Influem os espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?
R.: Muito mais do que imaginais, influem a tal ponto, que de ordinário, são eles que vos dirigem.
Voltando então a André Luiz ao tratado da Mentossíntese, este vocábulo forma-se a partir de dois outros vocábulos que são mente e síntese, os quais significam ;
mente, consciência humana que se origina no cérebro e é manifestada pelo pensamento, emoção, desejo, memória, imaginação;
síntese, combinação de elementos ou substâncias separadas para formar um todo coerente. Em Química, formação de um composto de elementos mais simples.
Diz então André Luiz:
“O Princípio inteligente inicia-se desde então nas operações que classificaremos como sendo “mentossíntese”, porque baseadas na troca de fluidos mentais multiformes, através dos quais emite as próprias idéias e radiações, assimilando as radiações e idéias alheias.”
No mesmo capítulo André Luiz ainda ressalta acerca das simbioses mentais:
“Semelhantes processos de associação aparecem largamente empregados pela mente desencarnada, ainda tateante, na existência além túmulo. E qual cogumelo que projeta para dentro dos tecidos da alga, dominadores apêndices com os quais lhe suga grande parte dos elementos orgânicos por ela própria assimilados, o espírito desenfaixado da veste física lança habitualmente, para a intimidade dos tecidos fisiopsicossomáticos daqueles que o asilam, as emanações do seu corpo espiritual, como radículas alongadas, ou sutis alavancas de força, subtraindo-lhes a vitalidade, elaboradas por eles nos processos da biosintese, sustentando-se, por vezes, largo tempo nessa permuta viva de forças.”
Na mesma obra capítulo XV, Vampirismo Espiritual, Infecções Fluídicas, temos:
“Muitos acometem os adversários que se entrosam no corpo terrestre, empolgando-lhes a imaginação com forças mentais monstruosas, operando perturbações que podemos classificar como - infecções fluídicas - e que determinam o colapso cerebral com arrasadora loucura. Alguns, como os ectoparasitas temporários procedem à semelhança dos mosquitos e dos ácaros, absorvendo as emanações vitais dos encarnados que com eles se harmonizam; mas outros muitos, quais endoparasitas conscientes, após se inteirarem dos pontos vulneráveis de suas vítimas, segregam sobre elas determinados produtos, filiados ao quimismo do espírito, e que podemos nomear como simpatinas e aglutininas mentais, produtos esses que, sub-repticiamente lhes modificam a essência dos próprios pensamentos a verterem, contínuos, dos fulcros energéticos do tálamo no diencéfalo.
Estabelecida essa operação de ajuste, que os desencarnados e encarnados, comprometidos em aviltamento mútuo, realizam em franco automatismo, à maneira dos animais em absoluto primitivismo nas linhas da natureza, os verdugos comumente senhoreiam os neurônios do hipotálamo, acentuando a própria dominação sobre o feixe amielínico que o liga ao córtex frontal, controlando as estações sensíveis do centro coronário que aí se fixam para o governo das excitações, e produzem nas suas vítimas, quando contrariadas em seus desígnios, inibições de funções viscerais diversas, mediante influência mecânica sobre o simpático e parassimpático. Tais manobras em processos intricados de vampirismo, prestigiam o regime de medo ou de guerra nervosa nas criaturas de que se vingam, alterando-lhes a tela psíquica ou impondo prejuízos constantes aos tecidos somáticos.”
Vamos a partir deste capítulo conhecer os termos utilizados por André Luiz:
• Ectoparasitas – parasita de envoltório externo
• Endoparasitas – parasita de envoltório interno
• Quimismo – conjunto de combinações de um organismo
• Aglutinina – substância do soro sanguíneo, aglutina as células ou bactérias
• Tálamo do Diencéfalo – leito da cavidade do crânio onde estão compreendidos o cerebelo e o bulbo raqueano
• Hipotálamo – porção do cérebro que controla a temperatura do corpo, as funções sexuais, o sono, o apetite, o metabolismo da água, etc.
• Córtex frontal – camada superior do cérebro
• Centro coronário – ponto de interação entre as forças determinantes do espírito e as forças fisio psicossomáticas organizadas
• Simpático – Sistema nervoso autônomo
• Parassimpático – Uma das partes em que se divide o sistema nervoso vegetativo, que funciona em antagonismo relativo com o sistema nervoso simpático
Sobre esses assuntos nos apresenta André Luiz por Francisco Candido Xavier:
“Há pequenos prazeres que a maneira de micróbios violentos e perseverantes que nos desintegram o envoltório físico, nos intoxicam a alma, e lhe destroem as mais santas esperanças.
Todos nós somos dínamos, vivendo nos mais remotos ângulos da vida, com o infinito por clima de progresso e com a eternidade por meta sublime.
Geramos raios, emitimo-los e recebemo-los constantemente, nossas atitudes e deliberações costumes e emoções, criam cargas elétricas de variadas expressões.
- O uso do álcool estabelece raios entorpecentes e forma elementos intoxicantes.
- A cólera forma nuvens de princípios destruidores.
- A maldade projeta dardos de trevas.
- O ciúme é uma tempestade interior.
- A inveja é uma atmosfera enregelante.
- O egoísmo é o casulo da sombra.
- A conversação indigna á pasto de entidades viciosas.
- A queixa é tradução de ociosidade.
- O abuso é sempre inclinação da alma ou queda do sentimento no precipício.”
Temos que todas as doenças penetram no corpo através do perispírito, mesmo as traumáticas ou acidentais, ou como as de causa nas correntes perturbadoras.
Em Obras Póstumas, Allan Kardec sobre perispírito cita:
“Os espíritos tem um corpo fluídico ao qual se dá o nome de perispírito, sua substância é haurida no fluido cósmico universal que a forma ou alimenta.
O perispírito é o intermediário entre o espírito e o corpo, é o órgão e transmissão de todas as sensações. Para aquelas sensações que vem do exterior pode-se dizer que, o corpo recebe a impressão, o perispírito a transmite e o espírito a recebe, quando o ato parte do espírito segue-se o caminho inverso.
O perispírito não se encerra nos limites do corpo, ele é expansível, irradia ao redor da forma, em torno do corpo, e entre corpos não havendo contato poderá ocorrer contato perispiritual onde irá transmitir suas impressões, ele desempenha papel importante em todos os fenômenos psicológicos e em até certo ponto nos fenômenos fisiológicos e patológicos, pois outros fenômenos poderão advir de registros de outras existências.”
De modo conclusivo, podemos ainda em observância à mesma obra, no capítulo de O Egoísmo e O Orgulho, extrair alguns conceitos:
“O Egoísmo e O Orgulho tem sua fonte no instinto de conservação, e em sendo esse instinto criado por Deus, não é inútil, foi o homem que o tornou mal em virtude do seu livre arbítrio.”
Os homens não podem ser felizes se não vivem em paz, se não estão animados de um sentimento de benevolência, de indulgência e de condescendência recíprocos, enquanto procurarem se esmagar uns aos outros.
A caridade e a fraternidade resumem todas as condições e deveres sociais, mas supõem abnegação que é incompatível com o egoísmo e o orgulho, pois a criatura quer tudo para si.
O principal dessas causas, se liga evidentemente à falsa idéia que o homem faz da sua natureza, de seu passado e de seu futuro; não sabendo de onde vem, se crê mais do que não é; não sabendo para onde vai, concentra todo o seu pensamento em uma única vida terrestre, ele a vê e tenta fazê-la tão agradável quanto possível, quer todas as satisfações todos os gozos possíveis e por isso age sem escrúpulos, contra o próximo como consigo mesmo.
Daí a justiça apregoada na reencarnação que os espíritos podem renascer em diferentes condições, seja como expiação, seja como prova. Daí onde poderemos reconhecer o humilhado de hoje como o orgulhoso do passado; o pobre desvalido no egoísta de ontem.
Mas em nada sendo brusco na natureza o homem deverá iniciar a sua transformação moral, esforçando-se para domar suas más inclinações e curando os seus males, conduzindo-se para reconhecer-se como verdadeiro homem de bem, praticando a lei de justiça, de amor de caridade, em sua maior pureza. Tendo fé em Deus, fé no futuro, fazendo o bem pelo bem, sem esperança de recompensa, retribuindo o mal com o bem, toma a defesa do fraco, porque vê irmão em todos os homens, vendo-se como integrante da família universal.”

É o estudo.

PESQUISA SOBRE REENCARNAÇÃO

A presente pesquisa foi iniciada em 2001 com a finalidade de compor um estudo sério da doutrina espírita, e centrou-se em observar que muitos fatos sobre esta matéria envolvem os grandes vultos do espiritismo que reencarnaram com missões muito importantes para o estabelecimento dos ensinamentos do plano superior, e sendo assim passei a observar com mais destaque aos fatos relacionados à Reencarnação.
Um dos meios pelo qual me fez voltar com interesse sobre a reencarnação, foi a partir da leitura da obra do Sr. Hermínio de Miranda – “As Marcas do Cristo” -, onde o ilustre pesquisador fez um estudo sobre a possibilidade de ser Martinho Lutero, o então Paulo de Tarso, reencarnado, e também pude perceber que não há qualquer desmerecimento ou desconsideração, quando se faz um estudo desta natureza, não que nos vejamos voltados única e exclusivamente para esta matéria, e por este motivo esqueçamo-nos de toda a significação e as razões de aplicarmos os ensinamentos doutrinários, que sejam de fraternidade e caridade, pois estes são as bases do Espiritismo.
Explicados a natureza de “Pesquisa”, de certa forma como breve exposição de motivos, devo esclarecer que tratarei de sinais característicos, e bíblicos sobre a Reencarnação de Hippolite Leon Denizard Rivail – Allan Kardec. Não sendo de minha intenção, tornar esta matéria absoluta, mas sim uma observação particular, deixando claro que o estudo foi levado ao conhecimento de várias pessoas que atualmente representam importante papel na divulgação da doutrina dos espíritos.
Iniciando a Pesquisa sobre a Lei Divina nos apresentada pelos Espíritos Benfeitores da Humanidade, relacionei algumas obras onde encontrei diversas mensagens recebidas por diversos médiuns notoriamente públicos, e ao final elaborei a conclusão que ao meu ver, e dentro da consciência espírita considerei como razoável, em se comparando com todas as mensagens e eventos que antecederam a chegada em nosso planeta e em diferentes épocas, daqueles emissários que representariam papel de responsáveis pela concretização e a fixação dos ensinamentos doutrinários espíritas.
(. . ."No dia 17.02.2005, em uma palestra através da rádio Rio de Janeiro, o Dr. Jorge Andrea, relatara que Francisco de Assis, ( João, o Evangelista ) bem como Clara, ( Joana de Cusa, Joana de Angelis, etc. ) teriam sido contemporâneos no antigo Egito, quando Francisco vestia a roupagem do Rei Akenaton ( Amenofis ), e Clara, estaria reencarnada na pessoa de Nefertiti), que ao ouvir esta declaração na rádio, procurei o Dr. Jorge Andréa no ICEB, no Maracanã e perguntei-lhe pessoalmente, no que ele confirmou esta declaração.
Ainda no livro Herculanum, página 351, o autor J. W. Rochester, dialoga com Amenofis, quando então o identifica nas encarnações anteriores à mesma obra, como um centurião valoroso e ainda Allan Kardec.
Sobre este relato e após pesquisar o Egito Antigo, foi constatado o que se segue:
“. . . Ainda muito jovem Amenofis IV, se casou com a bela e misteriosa Nefertiti, uma mulher tão inteligente, sensitiva e determinada quanto o seu marido, ambos dividiram um profundo amor mútuo e uma inabalável devoção a Aton. Em 1379 aC, Amenófis IV (seu nome como filho de Rá), assumiu a co-regência sob o nome de coroação Neferkheprure, mas ele construiu um grande templo em Tebas, não para Rá ou Amon, mas para Rá-Harakhte-Aton. Antes de tentar outras reformas através da consolidação clerical, ele buscou substituir o politeísmo geográfico do Egito pela divindade da luz Universal, pela Deidade todo-abrangente que ao mesmo tempo é a fonte invisível como o antigo e informe Aton , e a orbe solar visível que torna frutífera a Terra, uma linha de ação mais radical havia se tornada clara para o régio casal. Sem dúvida com a aprovação de Amenófis III e da Rainha Tiy, Amenófis IV renunciou ao seu nome como filho de Rá por um nome como filho de Aton: Akhenaton, “Aton é bem servido”. Nefertiti, cujo nome significa “chegou a bela mulher”, se tornou Neferneferuaton, “a beleza de todas as belezas de Aton”.
Dentre algumas das manifestações de Akhenaton sobre a divindade assim ele se expressava: “Assim como vive meu pai Rá-Harakhte, o grande e vivente Aton, ordenando a vida, vigoroso na vida, meu pai, minha fortaleza de um milhão de cúbitos, aquele que me lembra a eternidade, minha testemunha para a eternidade, que formou a si mesmo com suas próprias mãos, que não conheceu artífice algum, que está estabelecido incessantemente na alvorada e no crepúsculo diários. Estando ele no céu ou na terra, todos o vêem infalivelmente, enquanto ele enche a terra com seus raios e faz viver todas as faces”. “A vida é uma espécie de jogo divino, pois cada ser é um raio cristalizado da luz solar, e uma vez que o ser humano saiba disto, todo homem e mulher pode ser um espelho cristalino do Divino. Esta é a base e a inspiração para a ética, a ordem social, o governo e o lazer”.

Segue neste intervalo informações de alguns autores sobre as personagens que estamos estudando, apenas como referência e ponto de partida de como o estudo iniciou, e demonstrando que a reencarnação é de interesse de muitas pessoas.


1 SABEDORIA DO EVANGELHO – 2º VOL. CARLOS TORRES PASTORINO ESPANTO DOS DISCÍPULOS

“. . . Na época de Jesus, o governador do planeta escolhera alguns dos espíritos mais aptos ao lançamento e a propagação de sua doutrina, e a não ser João Evangelista cujo espírito havia vivificado a personalidade de Samuel , o profeta , parece que os outros não pertenciam àquela estirpe de mestres espiritualizados “. )
(Obs.: Não foi explicado na obra como ele tomou conhecimento deste fato, mas supondo fonte fidedigna, foi inserida na pesquisa.)


A BÍBLIA – I SAMUEL – XV

22 – Porém Samuel disse: “ – Tem porventura o Senhor prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça a palavra do Senhor? Eis o que o obedecer é melhor do que sacrificar. E o atender, melhor é do que a gordura de carneiros “ 23 – “ Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria “

33 – Então Samuel despedaçou Agague perante o Senhor em Gilgal.

( Obs. Mais a frente será explicado o por quê do inserção desta passagem de Samuel, quando for tratada a morte de Jan Huss)

2  (Obs.: as duas passagens a seguir referem-se a semelhança dos fatos em tempos diferentes entre o profeta Daniel e João, O Evangelista)

A BÍBLIA – DANIEL – VIII

17 – E veio perto donde eu estava; e vindo ele, fiquei assombrado e caí sobre o meu rosto; mas ele me disse. “Entende filho do homem, porque esta visão se realizará no fim do tempo”

18 – E estando ele falando comigo, caí com o meu rosto em terra , adormecido, ele pois me tocou, e me fez estar em pé.

19 – E disse: “ Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira pois isso pertence ao determinado tempo do fim”

A BÍBLIA – APOCALIPSE – I

17 – E eu quando o vi, caí a seus pés como morto, e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me ! “ Não temas , eu sou o primeiro e o último.”

18 – “ E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre, e tenho as chaves da morte e do hades.”

19 – “ Escreve, pois, as coisas que tens visto e as que são, e as que depois destas hão de suceder.”

3  (Obs.: Na passagem a seguir Jesus deixa claro que João, o Evangelista, continuaria na psicosfera da Terra colaborando com ele na direção do planeta)

A BÍBLIA – EVANGELHO DE JOÃO – XXI

20 – E Pedro, voltando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, e que na ceia se recostara também sobre o seu peito e que dissera; - Senhor, quem é que te há de trair?

21 – Vendo Pedro a este disse a Jesus: - Senhor, e deste que será?

22 – Disse-lhe Jesus: - Se Eu quero que ele fique até que Eu venha, que importa a ti?

4  (Obs.: nas passagens a seguir estão caracterizados o amor confesso do mestre pelas individualidades citadas e com respeito a um livro que foi entregue a João desdobrado pelo sono)

A BÍBLIA – DANIEL – IX

23 – No princípio das tuas súplicas saiu a ordem e Eu , Gabriel , vim para to declarar por que és muito amado, toma, pois, bem sentido na palavra, e entende a visão.

A BÍBLIA – APOCALIPSE – X

7 – Mas no dia da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos.

8 – E a voz que eu do céu tinha ouvido, tornou a falar comigo, e disse: - Vai e toma o livro aberto da mão do anjo, que está de pé sobre o mar e sobre a terra.

9 – E fui ter com o anjo, dizendo-lhe que me desse o livro, e ele, disse-me: - Toma o livro e devora-o, e ele fará amargar o teu ventre, mas na tua boca será doce como o mel.

10 – E tomei o livro da mão do anjo e devorei-o, e na minha boca era doce como o mel, mas depois que o devorei, o meu ventre ficou amargurado.

11 - E disse-me: é necessário que ainda profetizes a muitas nações e povos e línguas e reis.

A BÍBLIA – EVANGELHO DE JOÃO – XIV

26 – Mas aquele Consolador, O Espírito Santo, que o pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.


5 Segue  agora alguns trechos sobre os livros onde foram encontradas afirmações a cerca das possíveis reencarnações em estudo

FRANCISCO DE ASSIS – MIRAMEZ – 13ª ED – PÁG. 428

O espírito Francisco de Assis era um sol ainda escondido nos frágeis tecidos da carne, que empanavam o seu brilho encantador, como um véu prestes a cair. Dentro daquele corpo espiritual estavam acumuladas valiosas experiências de sucessivas vidas, das quais tres se destacam: de profeta, de apóstolo e de santo. “ . . . O calendário marcava a data de 03 de Outubro de 1226. “ (data de seu desencarne).

DIAS VENTUROSOS – AMELIA RODRIGUES - CAUSA DOS SOFRIMENTOS

(OBS.: aqui vemos a declaração de amor entre o discípulo e o mestre)
“João enternecido, acercou-se mais e O abraçou com lágrimas nos olhos, falando-lhe com voz embargada: - Eu seguirei contigo amigo amado, até o fim, doando-te a minha pobre vida, para que eu possa ficar ao teu lado para sempre.... Os séculos se dobaram sobre aquele momento inesquecível, e o discípulo amado, dando prosseguimento fiel à sua promessa retornou à Terra nas roupagens de Francisco de Assis.

A CAMINHO DA LUZ – EMMANUEL – FRANCISCO DE ASSIS

Por isso um dos maiores apóstolos de Jesus, desceu à carne com o nome de Francisco de Assis, com a determinação de Jesus de reerguer a sua igreja.

FRANCISCO DE ASSIS – MIRAMEZ – O APÓSTOLO JOÃO

Mas não era somente isso, João, no exílio aprendera uma ciência mais profunda que somente daqui algum tempo os portadores de conhecimento espiritual compreenderão a interpretação da linguagem dos outros reinos. Pai Francisco ( nome adotado por João ) dormia pouco , era constantemente requisitado nas grandes mansões dos abastados, comerciantes e políticos , nas quais ensinava retórica aos seus descendentes.
Aprimorou um método com a fusão doutrinária de Jesus, que causava inveja aos doutos.
Conhecia profundamente a história do velho continente, tinha dados concretos da geografia do mundo. A Astronomia o fascinava e descrevia com encanto as belezas do céu. Falava corretamente quatro línguas e vários dialetos.

CRÔNICAS DE ALÉM TÚMULO – XV – A ORDEM DO MESTRE

“ – Já não disseste um dia Mestre que cada qual tomasse a sua cruz e vos seguisse?
“ – Mas prometi ao mundo um Consolador em tempo oportuno. E os olhos claros e límpidos, postos na visão piedosa do amor de seu Pai celeste, Jesus exclamou:
“ – Se os vivos nos traíram, meu discípulo bem amado, se traficaram com o objeto sagrado da nossa casa, profligando a fraternidade e o amor, mandarei que os mortos falem na Terra em Meu nome. Deste Natal em diante, meu João, descerrarás mais um fragmento dos véus misteriosos que cobrem a noite triste dos túmulos para que a verdade ressurja das mansões silenciosas da morte. E desde essa hora memorável há mais de 50 anos, o Espiritismo veio com as suas lições prestigiosas felicitar e amparar na Terra a todas as criaturas.

(OBS.: notemos que conforme descrito a conjugação do verbo Descerrar, impõe uma condição a João, Tu Descerrarás )

EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – CAP. VI - ADVENTO DO ESPÍRITO DE VERDADE

“. . . Ele quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, ou seja mortos segundo a carne, porque a morte não existe, sejais socorridos, e que, não mais a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a voz dos que se foram, faça-se ouvir para vos gritar; “ – Crede e Orai ! “ . . . E eis que de além-túmulo, o que acreditáveis vazio vozes vos clamam: “ – Irmãos ! Nada perece. “

EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – CAP. VI – 6 - ESPIRITO DE VERDADE

“ Venho ensinar e consolar os pobres deserdados ... Estou convosco e meu apóstolo vos ensina. “ (Obs.; Esta comunicação obtida por um dos melhores médiuns da Sociedade Espírita de Paris, foi assinada por um nome que o respeito só nos permitirá reproduzir com absoluta reserva, tão grande seria a insigne graça de sua autenticidade e porque já muito se abusou desse nome em comunicações evidentemente apócrifas. Esse Nome é o de Jesus de Nazaré.)

EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – CAP. VIII – 18

Meus bens amados, são chegados os tempos em que explicados, os erros se tornarão verdades. Ensinar-vos-emos o sentido exato das parábolas e vos mostraremos a forte correlação que existe entre o que foi e o que é. Digo-vos, em verdade; a manifestação espírita avulta no horizonte, e aqui está o seu enviado, que vai resplandecer como sol no cume dos montes.

A CAMINHO DA LUZ – ALLAN KARDEC

“. . . Um dos mais lúcidos discípulos do Cristo, baixa ao planeta compenetrado de sua missão consoladora, e dois meses antes de Napoleão Bonaparte sagrar-se imperador, nascia Allan Kardec aos 03 de Outubro de 1804.”


COMPROMISSOS ILUMINATIVOS – BEZERRA DE MENEZES – CAP 14

...Jesus e Kardec, mestre e discípulo, caminho e porta diante de nós...

OBRAS PÓSTUMAS – BIOGRAFIA DE ALLAN KARDEC

. . . Primeira revelação da minha missão “ Ele, Rivail, virá em segundo: é o obreiro que reconstrói o que foi demolido. (Será que há alguma referência entre a missão de Francisco de Assis de reconstruir a Igreja, isto é a Doutrina de Jesus ? )
. . . De 1835 a 1840, fundou em seu domicílio à Rua de Sevres, cursos gratuitos onde ensinava química, física, anatomia comparada, astronomia, etc. Constantemente ocupado em tornar atraentes e interessantes os sistemas de educação, inventou ao mesmo tempo um método engenhoso para aprender a contar. Era Bacharel em Letras e em Ciência e Doutor em Medicina. Lingüista insigne, conhecia a fundo e falava corretamente o alemão, o inglês, o italiano, o espanhol, conhecia também o holandês.

OBRAS PÓSTUMAS – MINHA MISSÃO

Nota: Escrevi esta nota em 01 de Janeiro de 1867, dez anos e meio depois que esta comunicação me foi dada. E constato que ela se realizou em todos os pontos. Porque sofri todas as vicissitudes que me foram anunciadas, fui alvo de ódio de inimigos obstinados, da injúria, da calúnia, da inveja e do ciúme. Não mais reconheci o repouso. Mais de uma vez sucumbi sob o excesso de trabalho. Minha saúde foi alterada e a minha vida comprometida . . . Mas também ao lado dessas vicissitudes, que satisfação senti vendo a obra crescer de modo tão prodigioso. Com quantas doces consolações as minhas tribulações foram pagas. Quando me chegava uma decepção, uma contrariedade qualquer, elevava-me pelo pensamento, acima da humanidade; colocava-me, por antecipação, na região dos espíritos e, desse ponto culminante, de onde descobria o meu ponto de atraso, as misérias da vida deslizavam sobre mim sem me atingir, fizera-me disso um tal hábito que os gritos dos maus jamais me pertubaram.
(Obs.: Percebe-se uma relação deste trecho com o desdobramento de João no Apocalipse, em relação ao sentimento que João descreve)


OBRAS PÓSTUMAS - ESPÍRITO DE VERDADE – MEU GUIA ESPIRITUAL

Em 25.03.1856
Perg. – Poderíeis vir com mais freqüência do que todos os meses ?
Resp. – Sim mais não prometo senão uma vez por mês até nova ordem.
Perg. – Animastes alguma personagem conhecida sobre a Terra ?
Resp. – Eu te disse que, para ti, era a Verdade; esse para ti queria dizer discrição; disso não saberá mais...

Em 09.04.1856
Perg. – Dissestes que seríeis para mim um guia, que me ajudaria e me protegeria; concebo essa proteção e o seu objetivo numa certa ordem de coisas, mas gostaríeis de me dizer se essa proteção se estende também às coisas materiais da vida ?
Resp. – Neste mundo a vida material importa muito; não te ajudar a viver seria não te amar.

OBRAS PÓSTUMAS – A TIARA ESPIRITUAL

A Sra Cardone...., possuía um talento notável para ler na mão. Jamais acreditei no significado das linhas das mãos, mas sempre pensei que poderia ser..., uma espécie de segunda vista..., os sinais das mãos não são senão um pretexto, um meio de fixar a atenção..., eis um resumo do que ela me disse:
“- Sois nascido com uma grande ambudância de recursos e de meios intelectuais..., força extraordinária de julgamento..., vosso gosto está formado; governado pela cabeça, moderais a inspiração pelo julgamento; sujeitais o instinto , a paixão, a intuição ao método, à teoria. Tivesses sempre gosto das Ciências morais.... amor ao verdadeiro absoluto.... amor da arte definida.
Vosso estilo tem o número da medida, da cadência; mas às vezes, trocais um pouco da vossa precisão pela da poesia. Como filósofo idealista, vos sujeitais às opiniões alheias; como filósofo crente, sentes agora necessidade e fazer seita.
Benevolência judiciosa, imperiosa de socorrer, de consolar, necessidade de independência.
Corrigi-vos muito lentamente da prontidão de vosso temperamento. Sois singularmente apropriado para a missão que vos está confiada, porque estais mais feito para vos tornar o centro de desenvolvimentos imensos, do que capaz de trabalhos isolados..., os vosos olhos tem o olhar do pensamento.”
Vejo aqui o sinal da Tiara Espiritual..., está muito pronunciado, olhai..( olhei e nada vi e particular ).
Que entendeis, disse eu, por Tiara Espiritual ? Quereis dizer que serei Papa ? Se isso devesse ser, certamente não seria nesta existência.
Resp. – Notai que disse Tiara Espiritual, o que quer dizer autoridade moral e religiosa, e não poder supremo efetivo.
Quanto a Tiara Espiritual, evidentemente é uma coisa especial...., como vos veio, pois ao pensamento ? Por intuição, por inpiração ou por essa espécie de presciência inerente à dupla vista que muitas pessoas possuem sem disso desconfiar.

(Aqui faço em breve estudo sobre este assunto no tocante à chamada Tiara Espiritual )

LIVRO DOS ESPÍRITOS – Questão 146 e 146 a

146 – A Alma tem, no corpo, sede determinada e circunscrita ?

Resp. Não; porém, nos grandes gênios, em todos os que pensam muito, ela reside mais particularmente na cabeça, ao passo que ocupa principalmente o coração naqueles que muito sentem e cujas ações tem todas por objeto a humanidade.

146 a – Que se deve pensar da opinião dos que situam a alma num centro vital ?

Resp. – Quer isso dizer que o espírito habita de preferência essa parte do vosso organismo, por ser aí o ponto de convergência de todas as sensações. Os que a situam no que consideram o centro da vitalidade esses a confundem com o fluido ou princípio vital. Pode, todavia, dizer-se que a sede da alma se encontra especialmente nos órgãos que servem para as manifestações intelectuais e morais.

EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS – ANDRE LUIZ – CENTROS VITAIS

O centro coronário, instalado na região central do cérebro, sede da mente, centro que assimila os estímulos do plano superior... , o centro coronário supervisiona, ainda, os outros centros vitais que lhe obedecem ao impulso, procedente do espírito. Assim como as peças secundárias de uma usina respondem ao comando da peça-motor de que se serve o tirocínio do homem para concatená-las e dirigi-las.

MECANISMOS DA MEDIUNIDADE – ANDRE LUIZ – CAMPO DA AURA
Articulando, ao redor de si mesma as radiações das sinergias (ato ou esforço simultâneo na realização de uma função ) funcionais das agregações celulares do campo físico ou do psicossomático, a alma encarnada ou desencarnada está envolvida na própria aura ou túnica de forças eletromagnéticas, em cuja tessitura circulam as radiações que lhe são peculiares.

CONCLUSÃO

Na Doutrina Espírita existem muitas correntes que afirmam categoricamente, em se tratando de Reencarnação, que Allan Kardec, foi uma das encarnações do espírito que teria animado na Terra a personalidade do profeta Elias, e que estes autores tomaram por base quanto a este fato de dois conceitos que são encontrados no Evangelho de Mateus, Cap. XVII, vers. 10 a 13 e do livro A Gênese de Allan Kardec, Cap. XVII, nº 37. Já em outro pólo informativo, o espírito denominado J.W. Rochester, em sua obra mediúnica Herculanum, cita à página 351, que Allan Kardec, em anteriores encarnações teria sido um valoroso centurião e que ainda teria sido o sacerdote Amenophis , no Egito.
Na passagem a que se refere o Evangelho de Mateus, citada acima, o Mestre relata que : “ – É certo que Elias tem de vir e que restabelecerá todas as coisas . “ E no Livro A Gênese, quando Allan Kardec, cita em francês em seu capítulo XVII, nº 37, 2º §:
“ Il annonce sous le nom de Consolateur et d’Esprit de Vérité celui qui doit enseigner toutes choses et faire ressouvenir de ce qu’il a dit: done son enseignement n’était pás complet; de plus, il prévoit qu’on aura oublié ce qu’il a dit, et qu’on l’aura dénature, puisque l’Esprit de Vérité doit em faire ressouvenir, et, de concert avec Elie, rétablir toutes choses, c’est-à-dire selon la véritable penseé de Jésus;
que traduzido significa :

“ Sob o nome de Consolador e de Espírito de Verdade, Jesus anunciou a vinda daquele que havia de ensinar todas as coisas e de lembrar o que ele dissera. Logo, não estava completo o seu ensino. E, ao demais, prevê não só que ficaria esquecido, como também que seria desvirtuado o que por ele fora dito, visto que o Espírito de Verdade viria tudo lembrar e, de combinação com Elias, restabelecer todas as coisas, isto é, pô-las de acordo com o verdadeiro pensamento de seus ensinos.”
Na passagem a que se refere o Evangelho de Mateus, citada acima, o Mestre relata que : “ – É certo que Elias tem de vir e que restabelecerá todas as coisas . “ Aqui abrimos um parêntese; tal qual João Batista, (Elias reencarnado), tenha sido o precursor do Senhor, e não discípulo ou apóstolo, o Emanuel prometido por Isaias, o Mestre Jesus Cristo ou O Espírito de Verdade, iria e foi o precursor da doutrina espírita, neste caso podemos entender o fato de Allan Kardec ter inserido este termo que traduzido por “ Combinação “, assim significa segundo os dicionários de francês, “ De Acordo “ , “ Tal Qual “, isto é o Espírito Verdade estaria exercendo o papel de precursor, agindo nos mesmos moldes que João Batista.
Em pesquisando a Coleção Sabedoria do Evangelho, do Professor Carlos Torres Pastorino, encontramos a tradução, do original, do versículo 14, do capítulo XI do Evangelho de Mateus, o qual trata do mesmo discurso do Mestre, lá está assim descrito:
“Surgem depois dois versículos que os comentadores ansiosamente buscam penetrar quanto ao sentido profundo, mas de modo geral, permanecem na periferia, dizendo que: “Só os que se esforçam violentamente conseguem o reino dos céus; e na segunda parte, que Jesus colocou aqui João Batista como marco divisório a encerrar o Antigo Testamento (toda a lei e os profetas até João, como diz Santo Agostinho em uma de suas obras). E finalmente a grande revelação irrecusável sob qualquer aspecto: “Se quereis aceitar isso, ele mesmo é Elias, o que devia vir . . . Quem tem ouvidos , ouça.”A tradução do versículo 14, não coincide com as comuns, mas o grego é bem claro: “KAI” ( E ) ; “ EI “ ( se ) ; “ THELETE “ ( quereis ) ; “ DECSÁSTHAI “ ( aceitar ) ; “ AUTOS “ ( ele mesmo ) ; “ ESTIN “ ( é ) ; “ HÊLLIAS “ ( Elias ) ; “ HÔ MELLON “ ( o que estava destinado ) ; “ ERCHESTAI “ ( a vir ). Porém a tradução da Vulgata latina, alterou o sentido preciso do original que ficou algo arranhado, se a tradução fora literal, deveríamos ler na Vulgata ( embora com um latim menos ortodoxo ). “ Ipse est Ellias de bens venire”, o que corresponde exatamente a nossa tradução : “ Ele mesmo é Elias que devia ( estava destinado ) a vir “.
Levados pela tradução da Vulgata os tradutores colocam o futuro do presente, “ Que deverá vir”, quando a ação é nitidamente construída no futuro do pretérito. A previsão do regresso de Elias à Terra ( cfr Malaquias, IV v. 5 e 6 ) “ Eis que vos envio Elias, o profeta, antes que chegue o dia de YHWH, grande e terrível; ele reconduzirá o coração dos pais para os filhos e dos filhos para os pais “. A qual é confirmada em o Eclesiástico XLVIII , v. 10 , ao elogiar Elias : “ Tu que foste designado para os tempos futuros como apaziguador da cólera, antes que ela se inflame, conduzindo o coração do pai para o filho”.
Alguns pensam tratar-se do último dia do juízo final, mas Jesus mesmo dá a interpretação autentica quando diz: “ Eu vos declaro que Elias já veio, mas não foi reconhecido “ , e os discípulos entenderam que ele lhes falava de João Batista (Mat. XVII, v. 12 e 13} Sabedoria do Evangelho, volume III. Conceituando-se a tradução do Professor Carlos Torres Pastorino, nos termos grafados do Evangelho, em erro de conjugação poderemos considera-lo como tal em A Gênese. Pois mesmo Allan Kardec, esclarece no penúltimo parágrafo da Introdução desta obra que:
“ Algumas teorias hipotéticas, que devem ser consideradas simples opiniões pessoais, enquanto não forem confirmadas ou contraditadas a fim de que não pese sobre a Doutrina a responsabilidade delas; (Nota I, Cap. I, n° 53) “ . . . Eis porque não preconizamos levianamente nenhuma teoria e é nisso que exatamente que a Doutrina, decorrente do ensino geral, não representa produto de um sistema pré-concebido e caminhando a par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele aceitará.
Sob esta ótica e alterando o termo “ Há de vir “ que não condiciona um período certo, para “ Estava destinado a vir “ , estabelecendo um fato já ocorrido, podemos então eximir a personalidade Allan Kardec ser uma nova encarnação de o Profeta Elias. Prosseguindo o estudo, entre as Escrituras, muitas mensagens e sinais foram de tempos em tempos divulgadas por todos os Profetas, no tocante a fatos futuros, inclusive sobre a vinda do Senhor; Fiel cumprimento de sua promessa. “ A Caminho da Luz , Cap. III, Espíritos Exilados na Terra “ , Foi assim que Jesus recebeu à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba de seres sofredores e infelizes . . . Abençoou-lhes as lágrimas santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a sua colaboração cotidiana e sua vinda no porvir “. Prosseguindo verificamos um outro aviso descrito no Antigo Testamento, sobre a sua vinda, Isaías , Cap. VII , v. 14 : “ Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: - Eis que uma virgem conceberá e dará a luz um filho, e será o seu nome Emanuel. “ Não sendo este certamente o único, mas o marco inicial dos mais variados avisos e sinais recebidos pelos profetas sobre a vinda do Senhor à Terra.
Por este princípio, quanto ao Discípulo amado João Evangelista, também recaem alguns sinais e mensagens para os pósteros. Até então nos chega ao conhecimento sobre este Ser de Luz, teria materializado-se neste planeta por cinco oportunidades:
O faraó Amenofis IV ou Akhenaton
O Profeta Samuel, segundo C. T. Pastorino,
O Profeta Daniel, segundo S. F. Aleixo,
O discípulo amado João,
e Francisco de Assis, segundo vários autores.
Pelo que foi extraído da Literatura anteriormente citada, podemos então considerar que ele ainda se faz presente em nosso orbe, pois estando Jesus na Direção do Planeta, este ser, por desejo de Jesus, quer que ele fique até a sua volta, e pela declaração de João de o seguir até o fim, caracterizada está a sua permanência.Assim como encontramos no Evangelho, quando Jesus afirma: “ O meu Pai trabalha e Eu também trabalho “.. Seria inadmissível conceber que um servidor fervoroso de seu Mestre , permanecesse no orbe do planeta que seu Mestre dirige, em situação contemplativa, certamente acataria sempre o pedido quando solicitado ao trabalho.
A vinda de Francisco de Assis, foi marcante como representante da esfera superior para tentar “salvar a Igreja” ( A Caminho da Luz, cap. XVIII) , “ Por motivos do projeto da Inquisição, um dos Apóstolos desceu à Terra com o nome de Francisco de Assis, seu Espírito resplandeceu próximo de Roma. Sua atividade reformista verificou-se sem os atritos próprios da palavra, porque o seu sacerdócio foi o exemplo na pobreza e na mais absoluta humildade “.
Sendo assim não podemos visualizar Francisco de Assis como Revelador de algum segredo ou mistério, mas a sua ação foi marcante na tentativa de fazer-nos relembrar do papel dos primeiros cristãos, que agiam para com os seus iguais pela caridade e fraternidade. Até este período, restava então um sinal, uma mensagem, que por intermédio de João não se cumprira, e que encontramos em o Livro Apocalipse, cap. X:
“E tomei o Livro da mão do anjo e devorei-o, e na minha boca era doce como mel; mas depois que o devorei o meu ventre ficou amargurado. E disse-me ; - É necessário que ainda profetizes a muitas nações, e povos, e línguas, e reis.
Tomemos a princípio a mensagem de Humberto de Campos, em Crônicas de Além Túmulo, quando Jesus dialogando com João, este é incumbido de “ Descerrar “ ( pelo dicionário significa: abrir ; revelar ; divulgar ) mais um fragmento ( O Consolador prometido ) que a verdade ressurja por meio das mansões da morte ( pelos espíritos ).
Mas pergunta-se : Como tal empreendimento iria se concretizar ? Analisemos que, o que mais importa é a Revelação da Doutrina Espírita, que estamos tratando, e como asseverou Jesus perante a toda a humanidade “ Assim se sucederá para cumprimento das Escrituras “. Quer dizer, para cumprimento dos avisos ali contidos.Mas para fiel o cumprimento, Jesus anteriormente já nos havia informado como iria acontecer, e certamente seria por intermédio de personalidades de sua inteira confiança.
Em sua obra mediúnica, A Caminho da Luz, capítulo XXII , Emmanuel, nos diz:
“ Aproximavam-se os tempos em que Jesus deveria enviar ao mundo o Consolador, de acordo com as suas auspiciosas promessas, nascia Allan Kardec, aos 03 de Outubro de 1804, com a sagrada missão de abrir o caminho ao Espiritismo, a grande voz do Consolador prometido ao mundo pela misericórdia de Jesus Cristo “. Vejamos a data citada, 03 de Outubro, por coincidência ( ? ) , mesma data do desencarne de Francisco de Assis.
Ainda neste intervalo que compreende entre o desencarne de Francisco de Assis e a Reencarnação de Allan Kardec, revelam-nos alguns respeitáveis companheiros espíritas da atualidade, que, Allan Kardec, teria tido uma passagem pela Terra, nas roupagens de João Huss, no período compreendido entre 1369 e 1415, e cumprindo em dos grandes papéis de Reformista da Igreja, também idealizador do então ensino pedagógico, e que teria sido queimado pela Inquisição na fogueira como herege, poderíamos então suscitar a aplicação da lei de ação e reação se entendermos esta personalidade como a mesma de Samuel, o qual aí o resgate da sua falta por ter eliminado o Rei Agague.
Mas analisemos as personalidades em questão, de acordo com as semelhanças, tanto dos próprios personagens como também pelos sinais proféticos:
João Evangelista: após sair de Patmos , adotou o nome de Francisco e assumiu o papel de professor ; criou um método de ensino revolucionário ; conhecia a Geografia do mundo ; Astronomia o fascinava ; falava quatro idiomas e vários dialetos;
João Huss: formou-se em Teologia, Filosofia e em Artes ; trabalhou na fixação da ortografia e na reforma da língua Tcheca ; foi tradutor de vários idiomas inglês , alemão ; foi reitor da Universidade de Praga ; seu pensamento sobre a Igreja era fortemente influenciado por Agostinho.
Allan Kardec : foi professor ; inventou um método para aprender a contar ; ensinava química , física , anatomia comparada , astronomia ; falava corretamente quatro indiomas, alemão , inglês , italiano , espanhol e conhecia o dialeto holandês.
A cerca da divulgação da mensagem do Consolador prometido e da Doutrina dos Espíritos podemos citar uma relação determinante, primeiramente quanto a promessa em relação a um fato futuro, de como ele iria ocorrer , e em segundo observamos nitidamente a declaração do seu cumprimento, vejamos:
João Evangelista : Em desdobramento, pelo sono ao devorar um certo “ Livro “ , era doce em sua boca , mas amargo ao seu ventre , sendo ainda avisado que iria profetizar no futuro, a reis , nações , povos e línguas. Allan Kardec : Ao lançar o “ Livro dos Espíritos “ , sofreu todas as vicissitudes , e seu organismo ficara debilitado, mas que satisfação sentiu ao ver a obra crescer e a tantos consolar e foram seus colaboradores , entre outros : reis, príncipes , estudiosos , cientistas , pesquisadores , legisladores , em diferentes países. Nesse sentido , e ao realizarmos a similitude nas personagens citadas, e através das questões 218 e 218 a, de o Livro dos Espíritos , obtemos o seguinte ensinamento, nossos conhecimentos adquiridos, não mais se perdem e quando encarnados, obtemos a intuição que nos auxilia. E na questão 219, teremos a resposta sobre a origem das faculdades extraordinárias, onde os Espíritos nos informam sobre a lembrança do passado, progresso anterior da alma, etc.
Mas ainda citamos abaixo o fato que esclarece possibilidades àqueles estudiosos que podem considerar ser um equívoco admitirmos João e Kardec a mesma personalidade espiritual, pois é este mesmo João/Francisco/Amor que assina em primeiro lugar os "Prolegômenos"de O livro dos espíritos. O instrumento de Deus atende, outra vez, ao chamado do Pastor e vem oferecer ao mundo o Consolador e enviara uma mensagem em 1863 , que está contida no Evangelho Segundo o Espiritismo , cap. VIII , n° 18 , “ Deixai Vir a Mim as Criancinhas “ , e Allan Kardec já contava com 59 anos.
Vejamos a questão seguinte de O Livro dos Médiuns quando Allan Kardec, questiona aos Espíritos Superiores da possibilidade da evocação de pessoas vivas:

“CAPÍTULO XXV

44 - Evocada, uma pessoa viva conserva a lembrança da evocação, depois de despertar?
"Não; vós mesmos o sois mais freqüentemente do que pensais. Só o Espírito o sabe, podendo às vezes deixar do fato uma impressão vaga, qual a de um sonho."
a) Quem pode evocar-nos, sendo nós, como somos, seres obscuros?
"Pode suceder que em outras existências tenhais sido pessoas conhecidas nesse mundo, ou em outros. Podem fazê-lo igualmente vossos parentes e amigos nesse mundo, ou em outros. Suponhamos que teu Espírito tenha animado o corpo do pai de outra pessoa. Pois bem, quando essa pessoa evocar seu pai, é teu Espírito que será evocado e quem responderá."
Sobre a evocação permanece uma questão primordial: Sómente os encarnados o fazem? Ou o plano espiritual também toma deste partido para a elaboração das diretrizes necessárias. A própria questão respondeu.
Mas a este fato, voltemos a determinado tempo, mais precisamente em 1855. O famoso escritor francês Vitor Hugo, de acordo com a obra As Mesas Girantes e o Espiritismo, em sua casa recebia muitas mensagens através das mesas girantes, e entre os espíritos constava um de grande significação para a Humanidade, seria o do então Galileu Galilei, e do qual Allan Kardec inserira em sua obra A Gênese, o capítulo VI - Uranografia Geral , também transmitida pelo mesmo espírito, em 1862, sendo o médium o astrônomo Camille Flammarion.
Sobre este fato , e em 26 de Abril de 2004, em determinada palestra, o respeitável Espírita e médium de renome mundial, Divaldo Pereira Franco, afirma que a personalidade do Sr. Camille Flammarion, era Galileu Galilei reencarnado. E como acima foi demonstrado, Camile Flammarion, nascera em 21 de Fevereiro de 1842, e Vitor Hugo recebia mensagens de Galileu Galilei em 1855, e pela afirmação do referido médium, Galileu estaria encarnado como Camille Flammarion, estando então com treze anos de idade quando transmitia as mensagens para Vitor Hugo, neste caso pelo chamado animismo.
Finalizando, e de acordo com as informações colhidas nas diversas obras citadas e agrupadas sistematicamente, é visível os pontos que convergem para a semelhança entre as personalidades João Evangelista e Kardec.

É o estudo, por enquanto , pois ainda não foi estabelecido o amor das personalidades Francisco de Assis e Chico Xavier, aos animais.

As Vidas de Santos Dumont






REENCARNAÇÃO DE SANTOS DUMONT

Um leitor me perguntou se o espírito Santos Dumont já havia se comunicado por algum médium; se estaria reencarnado; ou se estava no mundo espiritual assistindo as comemorações do centenário do primeiro vôo de seu avião, o 14 BIS. Quanto à primeira pergunta, informo-lhe que em 1948, Santos Dumont enviou pelo médium Chico Xavier oportuna mensagem, na qual diz, em certo trecho: “Não há vôo mais divino que o da alma. Não existe mundo mais nobre a conquistar, além do que se localiza na própria consciência, quando deliberarmos converter-nos ao bem supremo. Alcemos corações e pensamentos ao Cristo”. O texto, na íntegra, foi publicado no livro “30 Anos com Chico Xavier”. Com relação ao segundo e terceiro questionamentos, conforme revelação de Chico Xavier, esclareço-lhe que o Pai da Aviação reencarnou na cidade de Campos, em março de 1956, como filho de Clovis Tavares e de Hilda Mussa Tavares, com o nome de Carlos Vitor. Aos nove meses de idade ele caiu de um carrinho de bebê, e com o tombo deslocou a vértebra cervical, ficando tetraplégico. Esse fato, aliás, foi narrado por seu irmão, o médico homeopata Dr. Flavio Mussa Tavares, em entrevista ao jornal “Folha Espírita” de abril deste ano. Dr. Flávio disse também que, a partir daí, seu irmão Carlos Vitor passou a depender totalmente de seus pais, vindo a desencarnar aos 17 anos de idade, em fevereiro de 1973. Como se sabe, Santos Dumont, ao ficar deprimido quando presenciou mineiros e paulistas a digladiarem-se pelo céu, usando o avião como arma de guerra para matar e destruir, enforcou-se no dia 23 de julho de 1931, no Guarujá, em São Paulo. Foi por isso, disse Chico Xavier, que o espírito Santos Dumont, antes de reencarnar, decidiu expiar a sua morte como suicida, através de uma vida curta como paraplégico. A queda acidental sofrida por Carlos Vitor, aos nove meses de idade, deslocou a sua vértebra cervical. A um programa de TV, Chico Xavier também declarou que a vértebra já estava deslocada no seu perispírito, isto é, no corpo semimaterial que envolve o espírito, por ter sido lesada quando ele, como Santos Dumont, se enforcou. O registro consta no livro “Jesus e Nós”.

AS REENCARNAÇÕES DE SANTOS DUMONT

O médium Chico Xavier revelou que Santos Dumont, o Pai da Aviação, reencarnou na cidade de Campos, em março de 1956, como filho de Clovis Tavares e de Hilda Mussa Tavares, com o nome de Carlos Vitor. Aos nove meses de idade Carlinhos caiu de um carrinho de bebê, e com o tombo deslocou a vértebra cervical, ficando tetraplégico, vindo a desencarnar aos 17 anos de idade, em fevereiro de 1973. Como se sabe, Santos Dumont, ao ficar deprimido quando presenciou mineiros e paulistas a digladiarem-se pelo céu, usando o avião como arma de guerra para matar e destruir enforcou-se no dia 23 de julho de 1931. Antes de reencarnar, o espírito Santos Dumont, segundo informações de Chico Xavier, decidiu expiar a sua morte como suicida, através de uma vida curta como paraplégico. A queda acidental sofrida por Carlos Vitor, aos nove meses de idade, deslocou a sua vértebra cervical. A um programa de TV, o médium mineiro declarou que a vértebra de Carlos já estava deslocada no perispírito, isto é, no corpo sem imaterial que envolve o espírito, por ter sido lesada quando se enforcou em sua vida passada. Este fato consta do livro Jesus e Nós. O médico Homeopata Flávio Mussa Tavares informou que seu pai, o Professor Clóvis Tavares, manteve em sigilo as revelações feitas por Chico Xavier sobre as reencarnações anteriores de Santos Dumont. Chico revelou a seu pai que Santos Dumont vivera duas reencarnações em inesgotável pesquisa sobre a aviação: a do padre brasileiro Bartolomeu Lourenço de Gusmão (1685-1724) e a do balonista francês Joseph Montgolfier (1740-1810). Bem antes disso, ele também se dedicara à navegação marítima nas personalidades dos navegadores italianos: Marco Polo (1254-1324) e Cristóvão Colombo (1451-1506), sempre com a ânsia de descobrir novos caminhos. Todavia, em suas biografias encontramos semelhanças de suas trajetórias evolutivas, sempre na busca de encurtar distâncias entre os povos. Era, portanto, o mesmo espírito tomando diferentes personalidades a cada reencarnação (Marco Polo, Colombo, Bartolomeu de Gusmão, Montgolfier, Santos Dumont).


JORNALEXTRA
COLUNA: EM NOME DE DEUS
DE: GERSON SIMÕES MONTEIRO
DATA: 19/07/2009