Tiradentes e a
Inconfidência Mineira Sob a Perspectiva Espírita Por Ricardo Conde
Caríssimos leitores, Brindo-lhes, neste dia
comemorativo à Inconfidência Mineira, um texto diferente do comumente utilizado
para lembrar a epopéia do Alferes José da Silva Xavier – o Tiradentes.
Trata-se de uma palestra espírita que trata
do assunto da Inconfidência Mineira sob a ótica do plano espiritual. Se o
prezado leitor não for espírita ou simpatizante da Doutrina Espírita, caso
desista de ler o texto, agradecemos igualmente de coração o interesse pelo
menos em tomar conhecimento desses fatos, vistos sob perspectiva não usual.
Desde os tempos imemoriais, Tiradentes e os
demais inconfidentes, percorreram as estradas terrenas sempre imbuídos dos
ideais de “Liberdade Ainda Que Tardia" e o progresso.
Desde o Egito, passando
por Roma até o Brasil Colônia, sempre com o mesmo objetivo: Instalar o
progresso através das liberdades democráticas, da proliferação da educação e
propiciar oportunidades a todos. Infelizmente, sempre houve impedimentos,
devidos à pequenez espiritual humana.
Na última vez em que esteve fisicamente no
planeta, na figura de Joaquim José da Silva Xavier, foi traído por um dos
Inconfidentes - Silvério dos Reis - quando estava prestes a implantar as
mudanças que fariam este País ter hoje uma posição altamente respeitável no
concerto das nações desenvolvidas.
Mas como toda “ação gera uma reação de
igual força e contrária”, o traidor, depois de profundo arrependimento no plano
espiritual, Silvério dos Reis, retorna à forma física, na figura de Tancredo
Neves, para tentar ele próprio implantar o que não permitiu Tiradentes
realizar.
Sentiu a mesma sensação que Tiradentes,
pois quando foi conduzido ao posto máximo da nação brasileira teve abortado
todos os seus sonhos e planos de modificar as estruturas viciadas e corruptas
deste país.
"Coincidentemente", no dia 21 de
abril de 1985, retorna à pátria espiritual, exatamente no dia em que Tiradentes
foi executado.
Hoje, muitos daqueles idealistas
brasileiros estão novamente “encarnados” para levar adiante, em sintonia com a
Falange de Ismael, Protetor do Brasil, os ideais que farão este País ser uma
nação modelo para toda a Terra, em breve tempo....
A partir deste momento, transcrevemos a
palestra proferida por Carlos Eduardo Cennerelli na Sociedade Espírita Capitão
Maurício (“Casa de Maurício”), localizada à Av. Tamandaré 1639, em Santana do
Livramento-RS.
PRIMÓRDIOS: A EXECUÇÃO DE FELIPE DOS
SANTOS
O “quinto” nada mais era do que a retenção
de 20% do ouro levados às Casas de Fundição, que pertenciam à Coroa Portuguesa.
O nome do imposto ficou
como "quinto" e a fundação de "Casas de Intendência"
fiscalizava e controlava tudo o que saía e tudo o que entrava. Felipe dos
Santos - Cronologia: (13.07.1720)
Por uma carta, de Manuel,
de Vila Rica, soube o Conde de Assumar que naquela noite haveria o grande
motim, no qual o expulsariam e nomear-se-ia um governador entre os revoltosos;
(14.07.1720)
Depois de fingir aceitar
as condições dos revoltosos, o Conde de Assumar prende os rebeldes e, sem
processo, manda enforcar o líder, Felipe dos Santos Freire, e esquarteja-o;
também não lhe dá uma sepultura cristã; (16.07.1720) Procedente de Mariana, à
frente da Companhia dos Dragões, entra em Vila Rica, o Conde de Assumar,
trazendo escoltados muitos dos sediciosos companheiros de ideal de Felipe dos
Santos; (19.07.1720)
Felipe dos Santos expia,
em Vila Rica, pelo crime de se revoltar contra o soberano.
O suplício foi atar o
paciente às caudas de quatro cavalos montados por algozes que os tocavam, cada
um para seu lado. Este ato se deu no fundo de Ouro Preto, onde funcionava a
Câmara, e na praça de Tiradentes, que ainda não existia.
REUNIÃO NO PLANO ESPIRITUAL E ALISTAMENTO DOS INCONFIDENTES
Na noite seguinte da
execução de Felipe dos Santos, o Espírito Ismael, designado por Jesus como
Protetor do Brasil, convoca uma reunião na Espiritualidade Superior, onde
estavam presentes encarnados e desencarnados. Entre os presentes, Zumbi dos
Palmares, Manuel de Nóbrega, Anchieta e Espíritos de outras nacionalidades,
todos irmanados no ideal de Igualdade, Liberdade e Fraternidade e, também à
Globalização da Terra, ou seja, um mundo sem fronteiras físicas, formando, como
disse Jesus: “Um só rebanho e um só Pastor”.
Os encarnados, levados
até a reunião através de desdobramento, seriam os pais e avós dos futuros
Inconfidentes.
Ismael, nimbado de luz se
dirige à platéia: “Amados! Muitos de vós já atendestes a esta convocação,
renascendo na época dura da retração do ouro nas Minas Gerais.” “Todos aqui
estais cientes da grande revolução que se processa no campo das ideias,
insuflando um amor novo às letras, à música e à arte, para a renovação dos
povos. Ninguém vos induzirá a esta tarefa, que não é coisa de um dia, e nem
sereis constrangidos a renascer longe dos grupos afins e nas circunstâncias que
mereceis.
Estes espíritos
encarnados que aqui se encontram serão aqueles que virão a receber-vos por
filhos e netos.
“Relembrai, agora, as
próprias dívidas e equacionai as vossas muitas esperanças. Sois todos
equilibrados e intelectualmente bem dotados, capazes, portanto, de insuflar na
província as ideias que tanto tendes defendido: a de emancipar o Brasil de
Portugal, por exemplo.”
“Lembrai-vos, no entanto,
que deveis fazê-lo sem ódios, de vez que o Brasil é um lugar onde a cruz do
Senhor rescende o amor universal. Tendes que influir na abolição dos escravos,
que já tem denegrido demais a consciência brasileira e alicerçar um futuro onde
as fábricas dirimam a miséria do povo! Estais demais preparados para esta luta,
já que a própria tarefa de socorro a quantos sofrem na terra agora, já vos
preparou para uma visão mais real das necessidades da hora presente.”
“Cada um de vós tendes
sido outrora tiranos e déspotas e sabeis o quanto a tirania é móvel de
perturbação e treva. Se outrora empunhastes o poder para a destruição e a
morte, à escravização e ao extermínio, pela ambição das riquezas, agora sabeis
que a riqueza maior vem das conquistas no amor e na dedicação, e podeis, com o
cérebro iluminado e o coração cheio de paz, embora em débito, alicerçar no
Brasil os novos ideais de Fraternidade, Igualdade e Liberdade.”
“Eis que outros espíritos
foram enviados à Europa, a qual, infelizmente, está por demais envoltas em
lutas fratricidas e pela qual tememos não venham estas ideias renovadas sem
lutas cruentas. Na América do Norte, um contingente de Espíritos já se encontra
preparado para renascer, iluminando o próprio Brasil com suas conquistas nos
Direitos da criatura humana. Agora é imperativo que também vos decidais e nós
prepararemos o quadro das necessidades de cada um, inserindo-o num grupo afim
para o renascimento em expiação e missão, neste aprendizado que nos prova e
engrandece.”
Todos, sem exceção de um
só dos convocados, nos alistamos ali mesmo, passando a acompanhar, nos anos
seguintes, o desfile dos que retornavam e aos quais nos incorporaríamos no
tempo devido.
OBJETIVOS DOS INCONFIDENTES PARA O BRASIL
A Inconfidência Mineira
foi a primeira tomada de consciência de que somos uma nação e o primeiro
movimento em prol de nossa Independência. Seu programa para dar-nos um Brasil
livre e capaz e de proporcionar melhores níveis de vida, de dignidade e de
felicidade humanas, incluía os seguintes pontos:
Independência política e
administrativa, que alcançamos em 1822, 30 anos após a sentença contra os
Inconfidentes;
Constitucionalismo, que
obtivemos ainda com D. Pedro I, em 1824;
Libertação dos escravos,
o que nos forçaria à importação de imigrantes e teria dado grande progresso
para o País, como deu ao norte dos Estados Unidos. O 13 de maio de 1988 veio
coroar um longo processo de libertação da escravatura;
Educação e ensino em
todos os níveis e com franquia para todo e qualquer cidadão. O processo
iniciado com D. João VI teve amplos esforços por parte de D. Pedro II e é uma
das metas prioritárias do Brasil de hoje;
Interiorização da
capital, para que melhor afirmássemos nossa soberania sobre o nosso solo e dele
extraíssemos maiores benefícios. O processo teve início com a transferência da
capital para Brasília em 1960;
O Regime Republicano, que
instauramos em 1889, justamente um século após a prisão dos Inconfidentes;
Independência econômica,
especialmente através da industrialização do País. É o grande processo do
Brasil de hoje, 220 anos após a execução de Tiradentes.
A TRAIÇÃO
Em 14 de março de 1789, o
Visconde de Barbacena suspende a Derrama, que era um imposto cobrado para
complementar os débitos que os mineradores acumulavam junto à Coroa Portuguesa.
A Derrama, considerada abusiva, era uma prática opressora e injusta, onde, em
uma data específica (divulgada por Portugal), os soldados enviados pelas
autoridades prendiam quem era contra, que protestava ou se negava à
“colaborar”.
Sendo assim, a elite
intelectual e econômica da época juntou forças, para se opor a Portugal.
A cobrança da Derrama
seria o sinal para que os Inconfidentes levassem a cabo seu plano, insuflando
profissionais liberais, mineradores e fazendeiros.
A SENTENÇA DE TIRADENTES
“É condenado o réu Joaquim
José da Silva Xavier, por alcunha o Tiradentes, alferes que foi da tropa paga
da Capitania de Minas Gerais, a que, com baraço (corda de enforcamento) e
pregação, seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca, e nela morra de
morte natural para sempre e que, depois de morto, lhe seja cortada a cabeça e
levada à Vila Rica, aonde, em o lugar mais público dela, será pregada em um
poste alto, até que o tempo a consuma, e o seu corpo será dividido em quatro
quartos e pregados em postes, pelo caminho de Minas, no sítio da Varginha e das
Cebolas, aonde o réu teve as suas infames práticas, e os mais nos sítios de
maiores povoações, até que o tempo também os consuma; declaram o réu infame, e
seus filhos e netos, tendo-os, e os seus bens aplicam para o Fisco e a Câmara
Real, e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada e salgada, para que
nunca mais no chão edifique, e não sendo própria será avaliada e paga a seu
dono pelos bens confiscados, e no mesmo chão se levantará um padrão, pelo qual
se conserve em memória a infâmia deste abominável réu.
A EXECUÇÃO [...]
Acompanhando-o no
derradeiro momento, entidades amigas ministravam-lhe conforto. Uma paz estranha
o envolvia a poucos metros da forca, que avistou adiante. Um entorpecimento e
uma alegria nova no coração.
Era isto a morte?
A liberdade?
"Seja breve,
padre..."
- pediu Tiradentes,
baixando a voz. A um sinal, o carrasco puxou a corda, atando-a à trave. Todos
estavam magnetizados por aquele homem magro e abatido, cujo olhar espelhava uma
força e resignação divinas.
Amparado por forças
invisíveis ao populacho e à tropa, seu espírito, meio liberto do corpo, pairava
acima do solo, ligado por tênues fios ao corpo maltratado, impulsionando a
fala.
O Carrasco tirou-lhe o
crucifixo das mãos. Quando a oração terminasse, teria que cumprir a sentença.
Para que a multidão não visse a fisionomia do réu e este a de todos,
amarrou-lhe aos olhos uma tira de Bretanha (tecido de linho muito fino) preta.
Tiradentes, com os olhos mortais velados, começou a ver o triângulo da guarda,
radioso em luz, como se um Sol o iluminasse!
- Delírios de condenado?
- pensou e clamou, em espírito: Jesus! Jesus! Jesus! Descendo os últimos
degraus, Padre José terminava a prece de encomendação: "Na vida
eterna!"
Como se obedecendo a uma
senha, Jerônimo puxou violentamente a corda, suspendendo o alferes no ar.
Estertores convulsos sacudiam o corpo.
Eram onze horas e vinte minutos do dia 21 de abril de 1792.
Tiradentes, vendo o
triângulo de espíritos alegres a saudá-lo, sentiu uma dor profunda no pescoço e
a sufocação. Uma luz muito forte tomava vida.
Era Jesus a lhe estender
os braços; queria falar, correr ao seu encontro, mas não tinha forças.
Perguntou-se: Então a
morte é assim???
Ouvia Tiradentes, bem
abafados, no outro plano da vida, o rufar dos tambores que finalizava sua
execução e abafava qualquer voz de horror que o povo pudesse erguer.
Tiradentes resgatava aí
débitos de outras vidas, seguindo com a falange luminosa em direção à
Espiritualidade.
A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - NAS VÉSPERAS DA INDEPENDÊNCIA
O conclave espiritual se
realiza sob a direção de Ismael, que deixa irradiar a luz misericordiosa do seu
coração. Ali se encontram heróis das lutas maranhenses e pernambucanas,
mineiros e paulistas, ouvindo-lhe a palavra cheia de ponderação e de
ensinamentos. Terminando a sua alocução pontilhada de grande sabedoria, o
mensageiro de Jesus sentenciou:
- “A independência do
Brasil, meus irmãos, já se encontra definitivamente proclamada. Desde 1808,
ninguém lhe podia negar ou retirar essa liberdade.
A emancipação da Pátria
do Evangelho consolidou-se, porém, com os fatos verificados nestes últimos dias
e, para não quebrarmos à força os costumes terrenos, escolheremos agora uma
data que assinale aos pósteros essa liberdade indestrutível.”
Dirigindo-se a
Tiradentes, que se encontrava presente, arrematou:
“O nosso irmão,
martirizado há alguns anos pela grande causa, acompanhará D. Pedro em seu
regresso ao Rio e, ainda na terra generosa de São Paulo, auxiliará o seu
coração no grito supremo da liberdade.
Uniremos assim, mais uma
vez, as duas grandes oficinas do progresso da pátria, para que sejam as
registradoras do inesquecível acontecimento nos fastos (anais) da história.
O grito da emancipação
partiu das montanhas e deverá encontrar aqui o seu eco realizador. Agora, todos
nós que aqui nos reunimos no sagrado Colégio de Piratininga, elevemos a Deus
nosso coração em prece, pelo bem do Brasil.” “Dali, do âmbito silencioso
daquelas paredes respeitáveis, saiu uma vibração nova de fraternidade e de
amor.”
“Tiradentes acompanhou o
príncipe nos seus dias faustosos, de volta ao Rio de Janeiro.”
“Um correio providencial
leva ao conhecimento de D. Pedro as novas imposições das Cortes de Lisboa e ali
mesmo, nas margens do Ipiranga, quando ninguém contava com essa última
declaração sua, ele deixa escapar o grito de "Independência ou
Morte!", sem suspeitar de que era dócil instrumento de um emissário
invisível, que velava pela grandeza da pátria.” “Eis por que o 7 de setembro,
com escassos comentários da história oficial que considerava a independência já
realizada nas proclamações de 1º de agosto de 1822, passou à memória da Nação
inteira como o Dia da Pátria e data inolvidável da sua liberdade.”
“Esse fato, despercebido
da maioria dos estudiosos, representa a adesão intuitiva do povo aos elevados
desígnios do mundo espiritual.”
ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA
“Oito de nós reencarnaram
(Inconfidentes) neste tempo para lutar pela abolição da escravatura, e pela
república, bem como pelas outras ideias nossas. Todos tivemos vida dura e morte
trágica.”
“O momento de iniciar o
cumprimento do que estava estabelecido no plano espiritual, partiu do próprio
Mestre Jesus, segundo Humberto de Campos, no livro "Brasil, Coração do
Mundo, Pátria do Evangelho", psicografado por Francisco Cândido Xavier.
Disse o Mestre Jesus:
“Ismael, o sonho da liberdade de todos os cativos deverá
concretizar-se agora, sem perda de tempo. Prepararás todos os corações, a fim
de que as nuvens sanguinolentas não manchem o solo abençoado da região do
Cruzeiro. Todos os emissários celestes deverão conjugar esforços nesse
propósito e, em breve, teremos a emancipação de todos os que sofrem os duros
trabalhos do cativeiro na terra bendita do Brasil.”
Livro "Brasil,
Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", Humberto de Campos, através das
mãos límpidas de Chico Xavier, relata a comemoração do Plano Espiritual naquela
noite de domingo.”
“Nesse dia inesquecível,
toda uma onda de claridades compassivas descia dos céus sobre as vastidões do
norte e do sul da Pátria do Evangelho.
Ao Rio de Janeiro afluem
multidões de seres invisíveis, que se associam às grandiosas solenidades da
abolição. Junto ao espírito magnânimo da Princesa, permanecia Ismael com a
bênção da sua generosa e tocante alegria.
Enquanto se entoavam
“hosanas” de amor no Grupo, Ismael e a Princesa Imperial sentiam, em suas
grandes almas, as comoções mais ternas e mais doces; os pobres e os sofredores,
recebendo a generosa dádiva do céu, iam reunir-se, nas asas cariciosas do sono,
aos seus companheiros da imensidade, levando às alturas o preito do seu
reconhecimento a Jesus que, com a sua misericórdia infinita, lhes outorgara a
carta de alforria, incorporando-se, para sempre, ao organismo social da pátria
generosa dos seus sublimes ensinamentos.”
ENFIM, UM INCONFIDENTE NA PRESIDÊNCIA DO BRASIL
Ironia do destino?
Casualidade? Ou determinismo dos espíritos que juram por um mundo onde reine
Igualdade, Fraternidade e Liberdade?
Dia 21 de abril de 1960
mais um sonho nosso se completa, o Sr. Dr. Juscelino Kubitscheck de Oliveira,
nascido em Diamantina, inaugura a capital Brasileira no Planalto Central!
“[...] Oremos juntos pelo
Brasil da paz, com os braços e corações empenhados na edificação digna da
própria vida com Deus.”
“As ilusões e as
prepotências ruem como as edificações de aparente solidez diante dos fenômenos
naturais do Globo.”
“Impérios e gênios se
sucedem, como escolas e estágios promotores do progresso renovador.”
“Os que buscam Jesus pelo
coração são sinalizadores para as massas inconscientes e a missão do
Espiritismo é bem a do Conselho Divino, exercendo o seu sacerdócio sagrado a
bem da consciência coletiva, exatamente porque livre de interesses materiais e
ortodoxias interpretativas, próprias dos homens.”
“Que o Senhor abençoe
nossos homens públicos em seus esforços e sofrimentos pelo coletivo, e que
essas Graças alcancem o coração do povo, serenando-lhe a agitação e a dúvida, a
descrença e a revolta, porque à frente dos destinos de nossa Pátria está Jesus
- nosso Senhor e Mestre!”
Juscelino Kubitschek
(Mensagem psicografada dia 14/11/2005, pelo médium Wagner Paixão em reunião
pública do Grupo Espírita da Bênção, em Mário Campos, MG)
SEMELHANÇAS ENTRE BRASÍLIA E EGITO
Na verdade, Juscelino
Kubitschek nunca escondeu sua admiração pela cidade egípcia, que existiu há
mais de 3.500 anos.
Akhenaton esteve
reencarnado no Brasil, em tribos indígenas da América do Sul.
Nesta encarnação, trouxe
muitos conceitos do Antigo Egito para as Florestas do Brasil, onde era um Pagé
e Cacique, chamado Guapiru.
Quando da mudança da
capital do Rio de Janeiro para Brasília, o principal mentor espiritual de
Juscelino Kubitschek era Akhenaton.
Juscelino, em uma
encarnação anterior, também já havia sido faraó do Antigo Egito.
JK e sua nova capital
seriam nada mais que a versão moderna de Akhenaton - uma de suas encarnações
BRASIL 1980-1985
"... TOMÁS ANTÔNIO
GONZAGA AFIRMA: só podemos dizer-vos que quatro de nós, presentemente, ainda
estão aí encarnados, com as mesmas determinações." (21 de abril de 1980).
Eis o que afirmáramos em 1980. Quatro dos doze profetas do adro de Congonhas:
... Quatro apenas, sonhando pela Nova República, tal como ontem, com
independência econômica, pela utilização industrial de suas riquezas!.
Quatro apenas, pela
implantação da Fraternidade verdadeira, que levaria à Liberdade e Igualdade
plenas. No entanto, não apenas os quatro eternizados. Outros mais, dentre os
inconfidentes ocultos, e não esculpidos, parentes, filhos e irmãos, retornaram
para as lutas do Espiritismo.
Também eles dariam seus
testemunhos de apoio (como deram) à nossa obra, tão debatida quanto humilde e
através de abnegadas mãos medianeiras. Também eles acreditam neste país.
Também eles, conosco no
Plano Maior, ou encarnados, incorporados ao amigo Tiradentes, vibravam
uníssonos no raiar daquele ano de 1985 de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Nós, contudo,
aguardávamos os instantes que culminariam com a volta da Democracia, sem tanto
entusiasmo. Em toda a parte, vozes repetiam, em coro, o pedido de liberdade na
escolha dos dirigentes.
Nós sabíamos. Um dos
nossos, que desde Minas, respirava os haustos da Liberdade, caminhava para sua
destinação. Estávamos a acompanhá-lo nas mesmas pegadas repisadas, na região de
S. João Del Rei.
Companheiro dos últimos
instantes de Getúlio Vargas, apoiando Juscelino, abraçando Jango Goulart em
apoio à sua renúncia e exílio, assessor de Jânio Quadros, Tancredo Neves, a
raposa mineira, em articulação com os paulistas, ansiava pela libertação.
Suas palavras finas e
equilibradas causavam arrepio nas pessoas, pela lanheza de raciocínio. Seus
gestos calmos, mas seguros, inspiravam confiança.
A companheira “firme” o
incentivava ainda. Toda uma cúpula parecia apoiar-lhe o avanço. Aos olhos
mortais, o terreno parecia seguro e fértil.
Da contagem dos votos à
eleição, foi um salto. Víamos amigos encarnados, em vibração de paz e
esperança, sem nos contagiar com a efusiva alegria geral. Nossa tarefa era
ingente, tal como se nos apresenta hoje.
A transição cobrava-nos
cautela, equilíbrio e observação clara, insofismável. À véspera do dia 15 de
março de 1985 tudo era regozijo.
Alguns já sentiam ouvir,
a bater no peito, o som do sino de Ouro Preto, que tocara no dia da morte do
alferes Silva Xavier e na inauguração de Brasília, ironicamente aberta, no
mesmo dia da criação de Roma. E o sino não tocou. Tal como a 15 de março, de
tantos anos passados, Silvério, criminosamente, denunciara a trama inconfidente,
também, da mesma forma, o novo presidente fora atingido em seu voo, rumo ao
ideal.
Enquanto nas ruas o povo
cantava o hino de Milton Nascimento, sigilosamente, tramava-se a morte. Veio
pranto, luto, o povo inconformado. Novamente roubavam-nos, miseravelmente, os
novos Barbacenas e Silvérios na trama reencarnatória, frente aos débitos
pessoais e coletivos, o momento da Nova República, o momento da libertação do
jugo estrangeiro.
Silencioso, voltou a Ouro
Preto o sino do passado. Porém nós, tendo recolhido, há bem pouco, três
queridos ex-conjurados permanecemos junto a muitos irmãos, determinados a
atingir os objetivos da mesma luta de ontem, a alguns passos do segundo século
da prisão dos inconfidentes.
E dizemos que, dos doze
profetas e dos quatro encarnados em 1980, dois ainda permanecem com as mesmas
determinações. A segui-los, muitos outros retomam o bastão da autoridade, para,
neste século de mutações, transformar o Brasil em Coração do Mundo e Pátria do
Evangelho.
Dois outros reencarnaram
neste tempo.
COINCIDÊNCIAS" SILVÉRIO - TIRADENTES - TANCREDO NEVES
Qual o motivo espiritual
da fatalidade que alcançou Tancredo Neves poucas horas antes da posse como
Presidente do Brasil?
Depoimento de um dos
componentes da equipe médica que cuidou do Presidente, disse o seguinte:
"Aconteceram coisas
muito raras com ele. Eu nunca vi leiomioma (tumor benigno) perfurar desse
jeito. Sangramentos de sutura em geral ocorrem nos dois primeiros dias do
pós-operatório e raramente no oitavo dia.
Também nunca vi ocorrer
infecção pelo actinomiceto como aconteceu com ele, porque o microorganismo é
bastante raro.
São coisas que nos deixam
com uma sensação muito estranha. Fizemos tudo por Tancredo Neves, durante cerca
de um mês nos dedicamos integralmente ao Presidente.
Ele tinha à sua cabeceira
os maiores especialistas, todos os recursos e equipamentos e toda a carga
afetiva da equipe, que teve um grande envolvimento emocional com o tratamento.
Fomos muito surpreendidos
pelos fatos. Tudo foi feito e ele não respondeu a nada, nada deu certo. A
sensação que fica é a de que havia, desde o primeiro dia, um caminho traçado
que não pudemos mudar".
É importante frisar que a
Espiritualidade já tinha, há oito meses antes da desencarnação de Tancredo,
dado uma pista, a qual, por certo, esclarece a causa desse drama vivido pelo
Presidente e por todos os brasileiros.
A nove de agosto de 1984,
o médium Dictino Álvares, em São Paulo, recebeu psicograficamente a seguinte
mensagem:
"Estamos
compromissados em significativa tarefa neste país que tem a missão histórica de
celeiro espiritual do terceiro milênio e os tempos se aproximam".
"Equipes espirituais de escol canalizam vibrações e as borrifam na mente
daqueles que têm a responsabilidade de dirigir esta terra predestinada".
"Elo de fraternidade
emana do mais alto, impulsionando um inconfidente à pátria do Evangelho".
"Sentimos que os
irmãos desejariam que fôssemos mais objetivos, mas todas as coisas têm uma
razão de ser e nem tudo nos é permitido revelar
SIMILARIDADES ENTRE TIRADENTES E TANCREDO NEVES
01. Tiradentes e Tancredo
nasceram em São João Del Rei;
02. Morreram na mesma
data (21 de abril);
03. Ambos órfãos de pai,
na infância:
04. Tancredo residiu em
São João Del Rei na Rua Tiradentes n. 224;
05. E a estátua de
Tiradentes em São João Del Rei, resultou de iniciativa do então deputado
estadual Tancredo Neves:
06. A expressão
"Nova República", lançada por Tancredo, foi usado por Tiradentes
quando foi acareado com Alvarenga Peixoto, na Fortaleza da Ilha das Cobras;
07. Ambos deram suas
próprias vidas pelo ideal de liberdade em nossa pátria: Tiradentes - mártir da
Inconfidência, Tancredo - mártir da Nova República. 08. Assim como Tiradentes,
ele não conseguiu ver a chama da liberdade acesa em solo brasileiro.
09. Joaquim José da Silva
Xavier morre por enforcamento, tendo sido seu corpo esquartejado e expostos
seus restos em vários lugares. Tancredo de Almeida Neves sofre os cortes no
abdômen, possibilitando o "esquartejamento" pelo retalhamento das
vísceras em seis cirurgias e no embalsamamento, e o enforcamento progressivo
pela traqueotomia e insuficiência respiratória. O corpo do Presidente é também
exposto em vários lugares ao público. Poderia esse Espírito ter sido
responsável pela derrocada do movimento da Conjuração Mineira e pela posterior
punição dos Inconfidentes?
10. Lembramos que o
traidor Joaquim Silvério dos Reis denunciou Tiradentes e demais companheiros ao
Visconde de Barbacena, governador da Capitania de Minas Gerais, na data de 15
de Março, sim, 15 de Março de 1789.
Em 15 de Março de 1985,
Tancredo é submetido à intervenção cirúrgica de urgência, privando-o de tomar
posse na Nova Republica. Sofreu as consequências do esforço, da dedicação e da
estóica entrega de si mesmo aos superiores interesses do país, já que a doença
o atacara muitos dias antes da data prevista para a posse e a cirurgia havia
sido postergada para depois do compromisso solene perante o Congresso Nacional.
CHICO XAVIER E O FUTURO DO BRASIL
Brasil - Mensagem de
André Luiz – André Luiz & amp; Francisco Cândido Xavier (*) Mensagem de
1952. Ver nota no final
O mundo caminha para
grandes conquistas e também grandes catástrofes. O engenho de guerra que
assombrou o mundo com a destruição moral e material de Hiroshima e Nagasaki
será a causa de desentendimentos no mundo inteiro. No Brasil, um líder operário
terá morte violenta, pois as forças espirituais que vivem no cosmos pedem ao
Supremo Criador justiça por tudo o que foi feito de bárbaro em nome do Supremo
Criador e da Pátria.
Com o desaparecimento
deste, o Brasil vai passar por momentos difíceis, diversos movimentos armados
vão abalar profundamente a estrutura nacional. No meio a isto virá um homem da
terra do Mártir Tiradentes e, apesar as pressões, muito irá fazer pelo Brasil,
inclusive será o criador de uma Cidade Jardim, tal qual o Éden, diferente de
todas as cidades, mas será substituído por outro que muita confusão irá criar
e, na sua saída injustificada vai deixar a nação abalada e deste abalo vai
começar o período crítico, até que o homem do patriotismo, vindo também da
terra de Tiradentes irá cercar-se de outros e vão derrubar a viga mestra da
confusão e então muita coisa nova vai acontecer.
Homens, mulheres e
crianças vão sofrer consequências justas e injustas provocadas por erros
anteriores. O regime será combatido e até abalado, mas, muitas nações irão dar
crédito e respeito ao Brasil.
Com a mudança dos homens,
muitos que foram o esteio da situação, serão chamados a prestar contas a Deus;
então o sol, as enchentes e o frio vão criar a fome e o desespero, não só no
Brasil, mas também no mundo.
Mas, no fim de tudo, vai
aparecer um homem franco, sincero e leal, que montado em seu cavalo branco e
com sua espada, dará uma nova dimensão e personalidade aos destinos do Brasil,
corrigindo injustiças e fazendo voltar a confiança e a esperança no futuro do
Brasil.
Será combatido e
criticado por seu temperamento e atitudes, mas ele contará com a proteção das
Forças Supremas que habitam o Cosmos, e o Brasil será verdadeiramente o coração
do mundo e, apesar de crises e ameaças, internas e externas que irão aparecer,
ele será sempre o fiel da balança pela sua fé e esperança no destino do Brasil
a ele confiado.
(*) - Mensagem de André
Luiz, transcrita por Chico Xavier.
Recebida no Centro
Espírita Jesus de Nazaré, em Congonhas do Campo, aos 23 dias de dezembro de
1952. O líder operário mencionado é Getúlio Vargas, e o que abandona o poder é
Jânio Quadros.
Há referências a
Juscelino Kubitscheck, à criação de Brasília (cidade jardim) e à época da
ditadura. Há referências a Tancredo Neves (com a morte dele e a ascensão de
Sarney, a ditadura efetivamente acabou), e agora muita coisa está acontecendo.
Há referências a problemas de fome, enchentes e secas e a um líder que ainda há
de vir.
[Pergunta formulada a
Tiradentes no Plano Espiritual:]
Quanto ao Brasil atual,
qual a vossa opinião a respeito?
- "Apenas a de que
ainda não foi atingido o alvo dos nossos sonhos. A nação ainda não foi
realizada para criar-se uma linha histórica, mantenedora da sua perfeita
independência. Todavia, a vitalidade de um povo reside na organização da sua
economia e a economia do Brasil está muito longe de ser realizada. A ausência
de um interesse comum, em "favor do País, dá causa não mais à derrama dos
impostos, mas ao derrame das ambições, onde todos querem mandar, sem saberem
dirigir a si próprios."
Fonte: Extraído do livro
Crônicas do além túmulo, Francisco C. Xavier/ Humberto de
BIBLIOGRAFIA:
“Gregório IX” - A vida de
Tiradentes com o poder papal nas mãos e os meandros da Inquisição.
Tomás A. Gonzaga.
“Confidências de um Inconfidente” - O inesquecível romance que conta em
pormenores as tramas espirituais da Inconfidência Mineira. Pelo espírito de
Tomás Antônio Gonzaga, com novas e surpreendentes revelações.
“A Moça da Ilha” -
Retorno no tempo, para o reencontro no século I da era Cristã com os membros
partícipes da Inconfidência Mineira. Pelo espírito de Tomás Antônio Gonzaga.
“De Mário a Tiradentes” -
As tramas reencarnatórias dos inconfidentes mineiros, remontando ao século II
antes de Cristo.
“Cíntia e Cassandra” - O
retorno do espírito do Dr. Tomás Antônio Gonzaga, relatando o romance que fora
prometido no livro "Confidências de um Inconfidente" em cenários da
Espanha.
“Abolição” - Um livro
polêmico e emocionante, onde se vê a luta nos dois planos da vida, pelas leis
que lavassem a mácula da consciência brasileira, libertando irmãos queridos e
massacrados.Com o grupo inconfidente, narrativa de Tomás A. Gonzaga.
“Miguelângelo” - Pela
pena do espírito de Tomás Antonio Gonzaga, os dramas, a autenticidade, a graça
de Aleijadinho, na Itália, cheia de encantos e lutas pelo poder.
“Uma Mulher Chamada Tii”
- Thomaz Antonio Gonzaga e Cesar Vannucci se unem para contar neste romance a
Saga de uma princesa egípcia e o amargo despertar no século XX.
“Acaiaca” -
Impressionante relato relacionado ao último período do Império Inca. Uma nova
luz sobre os acontecimentos marcantes da História da Humanidade de Marilusa
Moreira Vasconcellos.
“O Filho do Silvério” -
Na época da Inconfidência, uma criança chega ao mundo, e sua trajetória de
tragédias, dramas, mistérios e lutas, deixa um rastro de luz e de beleza.
“As Cruzadas” - De um dos
períodos mais negros da humanidade, surge este romance, envolvendo líderes da
Inconfidência e da Revolução Francesa, ligados ao grande Francisco de Assis.
“Brasil, Coração do Mundo
- Pátria do Evangelho" - Espírito: Humberto de Campos. Psicografia: Francisco
Candido Xavier. André Luiz & Francisco Cândido Xavier - (*) Mensagem de
1952.
“Crônicas do além túmulo”
- Francisco C. Xavier/ Humberto de Campos
“A Queda dos Véus” -
Américo Domingos Nunes Filho Read
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