sexta-feira, 21 de junho de 2013

Confirmada a pesquisa de 2005 - Chico Xavier foi Allan Kardec, Francisco de Assis, João Evangelista, entre outros

PLATÃO, JOÃO EVANGELISTA, FRANCISCO DE ASSIS, ALLAN KARDEC & CHICO XAVIER Cinco personalidades - O mesmo Espírito Apóstolo do Cristo Jesus "Para quem acredita, nenhuma palavra é necessária; para quem não acredita, nenhuma palavra é possível." Dom Inácio de Loyola No dia 25 de Janeiro (fundação de S. Paulo) lemos este artigo do jornalista Assis de Lima Ribeiro, que não conhecíamos. Chico Xavier e Francisco de Assis são o mesmo Espírito. http://entreterraeoceu.blogspot.com.br/2012/10/chico-xavier-e-sao-francisco-de-assis.htm Não conhecemos os livros por ele referidos, psicografados por Carlos Baccelli, o que demonstra a independência e diversidade de fontes que consultámos para chegarmos às mesmas conclusões. Nosso artigo (anexo) de Junho de 2012, apesar de nunca ter sido publicado, foi já censurado e “queimado” diversas vezes por artigos online e impressos. Faz parte do processo natural da resistência humana…De forma resumida, partilhamos as fontes que nos inspiraram a escrever o artigo na data da desencarnação de Chico Xavier. Ouvimos a palestra de Julieta Marques sobre “As vidas de Allan Kardec” na Associação Espírita de Lagos (2010). No seu final (27m30) ela fala de 2 novas informações sobre reencarnações de Kardec http://www.youtube.com/watch?v=07hbjuiCyoo&list=UUpEg7VL9lwuUnz5UScLr6FQ&index=4&feature=plcp “Estávamos fazendo um trabalho sobre Chico Xavier num grande envolvimento espiritual. De repente uma grande emoção tomou conta de mim. Diante de mim apresentou-se a situação. Repudiei e rejeitei…. De imediato entrei em contacto com amigos mais íntimos de Chico Xavier pela internet (…). Que Allan Kardec foi Chico Xavier nós aceitamos. Mas há 2 vidas do nosso Chico, do nosso Kardec… e essas 2 vidas estão sendo já pesquisadas também. Terá ele sido João Evangelista e Francisco de Assis!... E a resposta que recebi (lê a carta):“Sim, querida Julieta. Quanta emoção ao receber as tuas palavras. Quem toca a verdade por caminhos próprios ela tem sabor diferente. Não foi a carne quem to revelou, mas a bondade infinita de Deus, que está nos céus e em toda a parte. Nunca ninguém te falou sobre o Poverello de Assis e no entanto tocaste a verdade dos fatos. Quando psicografei o romance medíunico da autoria do espírito de Theophorus cujo título é Inácio de Antioquia, chorei copiosamente todas as vezes que aparecia o personagem João Evangelista, porque identificava nele a figura do nosso Amado Chico Xavier. Todos sabem que João Evangelista voltou depois como Francisco de Assis. É nosso Chico, sim Julieta! E foi Deus quem to revelou esta verdade sublime por acréscimo de misericórdia e como justo prémio do teu livrinho de luz (referência ao livro “Chiquito”/Vinha de Luz). Não comentarei mais nada hoje, deixando-te a co-autoria desta revelação…”Carta de Geraldo Lemos Neto Geraldinho confirmou-nos todo o relato e acrescentou:“Desde o centenário de Chico Xavier tenho falado disso em público, a começar do 37º MIEP - Movimento de Integração do Espírita Paraibano (2010) onde me encontrei com Celestino Severino, que na ocasião, de público contou um sonho que teve com Chico Xavier lhe mostrando que tinha sido Francisco de Assis. ”A partir daí surgiram-me várias dúvidas e novos questionamentos, aos quais Geraldinho, muito gentilmente, sempre atendeu. Em 2011, esclareceu-nos da possibilidade doutrinária de: 1º comunicações medianímicas de Platão e João Evangelista na presença do codificador Allan Kardec; 2º duas comunicações do espírito de Allan Kardec já depois de Chico Xavier ter reencarnado; 3º as três mensagens do espírito de Francisco de Assis pelo médium Chico Xavier para Pietro Ubaldi e Divaldo Franco e desse espírito por Pietro Ubaldi a Divaldo Franco (quando da visita do médium italiano acompanhada por Chico Xavier). Em “O Livro dos Médiuns”, no cap. XIX sobre “O papel do médium nas comunicações”, Kardec pergunta: “As comunicações escritas ou verbais podem ser também do próprio espírito do médium?” Ao que os Espíritos da Codificação respondem: “A alma do médium pode comunicar-se como qualquer outra. Se ela goza de um certo grau de liberdade, recobra então as suas qualidades de espírito. Tens a prova na visita das almas de pessoas vivas que se comunicam contigo, muitas vezes sem serem chamadas. Porque é bom saberes que entre os espíritos que evocas há os que estão encarnados na Terra. Nesses casos eles te falam como espíritos e não como homens. Porque o médium não poderia fazer o mesmo?” Geraldo diz-nos que “o fato de um espírito encarnado se comunicar com outro espírito encarnado não tem nada demais nem de extraordinário, embora possamos classificá-lo como um fato mais raro dentro da mediunidade. O pesquisador Ernesto Bozzano escreveu um livro sobre este tema: Comunicação Mediúnica Entre Vivos.” (com lista dos pesquisadores espíritas da época de Kardec que estudaram o tema e prefácio de José Herculano Pires). Outro livro de Bozzano “Animismo ou Espiritismo” e a mais importante obra de Alexandre Aksakof “Animismo e Espiritismo”, abordam este tema pouco estudado na doutrina. Julieta Marques relembra o livro “Allan Kardec vol. III” de pesquisa biobliográfica de Zêus Wantuil e Francisco Thiesen, onde se encontra uma comunicação mediúnica do espírito de Kardec. Geraldo esclarece: O fato de “Allan Kardec ter dado mensagens em 1912 (Chico estava com apenas 2 anos de idade) através de Zilda Gama e mesmo em 1922 na França para Leon Denis, não anula e muito menos desconsidera o fato de Chico ser Kardec reencarnado.”Geraldo sublinha que “André Luiz, na obra Nosso Lar, trata do tema da comunicação de um espírito encarnado, o Sr. Ricardo, marido de Dona Laura, que já havia encarnado na Terra e na ocasião era ainda um bebê de poucos meses, e que não obstante isso saiu do corpo auxiliado por benfeitores espirituais de Nosso Lar e foi levado em perispírito até o lar de Dona Laura em Nosso Lar para se comunicar perfeitamente como o Sr. Ricardo com a própria família e os amigos de Nosso Lar. Obviamente, conforme escreve o próprio André Luiz que presenciou a comunicação, ela vai se dar em condições especialíssimas, não sendo portanto uma atividade corriqueira.”Chico Xavier disse a vários amigos, que Allan Kardec, entre outros vultos históricos, fora a personalidade de Platão, discípulo de Sócrates. Platão, no entanto, é um dos nomes que assinou os Prolegômenos d “O Livro dos Espíritos”, tal como João Evangelista, que lidera a lista dos Espíritos da Falange do Verdade. Kardec explica a quem quer estudar de forma séria e isenta, que isso é perfeitamente possível! Segundo depoimento de Chico (inquestionável para nós), Camille Flammarion, um dos principais médiuns de “A Gênese”, era a reencarnação de Galileu Galilei. Durante as comunicações de Galileu, Flammarion entrava em transe e acessava o seu inconsciente de onde emergia a personalidade de Galileu. Assim Flammarion “psicografava” (a si mesmo), trabalhando ao lado do seu amigo Kardec, na Sociedade Espírita de Paris. Geraldinho complementa: “Quanto a Chico ser também Platão esta é uma realidade. São diversos testemunhos a respeito do assunto, não somente de Carlos Baccelli, mas também de Marlene Nobre, de Eurípedes Higino e outros mais.Quando eu psicografava o livro "Ignácio de Antioquia" e Theophorus escrevia os capítulos e algumas vezes mostrava-me as cenas para que eu as compreendesse e tivesse mais condições mediúnicas de retratá-las com fidelidade, muitas e muitas vezes, me espantava chorando ao verificar na personagem João Evangelista o nosso amado Chico. Então quando João Evangelista vai pregar o Evangelho de Jesus pela primeira vez aos curiosos helenos da cidade de Ephesus, os gregos ilustres que lá estavam para ouvi-lo se surpreenderam com a fluência que ele possuía do grego, sem suspeitar que o médium João Evangelista estava na realidade recebendo pela psicofonia, nada mais nada menos, do que o espírito liberto do filósofo grego Sócrates. A sintonia entre eles fora absoluta. Então eu fiquei pensando neste assunto e me convenci de que João Evangelista teria sido mesmo Platão e estava a receber o seu mestre Sócrates que pela primeira vez falava em língua pátria aos seus semelhantes sobre a mensagem do Cristo!”De facto, a Dra. Marlene Nobre em Entrevista à Folha Espírita (reproduzida em “A Volta de Allan Kardec” de Weimar Muniz de Oliveira, 2008) revela: 28. g) FE: E a questão de Platão e Kardec?! MN: Esse caso foi muito interessante. Dr. Canuto Abreu mostrou a mim e a Freitas Nobre um documento do próprio punho de Kardec, no qual ele escreve mais ou menos o seguinte: depois que Zéfiro me contou que eu fui Platão é que pude compreender melhor a minha missão. Conversando com o Chico, em uma noite de autógrafos no Clube Tietê, em S. Paulo, falei-lhe desse documento e da revelação nele contida. O médium não se espantou, muito pelo contrário, parecia conhecê-la de longa data. Recomendou-me ler O Banquete, de Platão, para compreender melhor a veracidade da informação. Nessa ocasião, o médium confessou-me que gostaria de ir à casa do Dr. Canuto para ver tais documentos. De fato, fomos: Nena e Francisco Galves, Freitas e eu e, naturalmente, o médium. Foi sobretudo com base nos testemunhos de Geraldo Lemos Neto, Amigo íntimo de Chico Xavier, que decidimos fazer o texto numa singela homenagem a este Espírito Apóstolo do Cristo. Na investigação sobre as reencarnações desta Alma, Geraldo humildemente disse-nos: “Esta é minha modesta opinião baseada em observações e fatos de nossa convivência mais íntima.” Perante a credibilidade de diversas pessoas, com provas dadas pela sua vida e obras no movimento espírita, cruzando informações e fontes de forma independente, pedimos autorização para que fossem divulgados os seus testemunhos e decidimos avançar para a publicação por e-mail do artigo. Durante a nossa pesquisa, além destas vivências encontrámos outras referências bibliográficas sobre os arquivos espirituais deste Apóstolo da mediunidade, que foi profeta noutras vidas. O espirito Áureo fala de outra vida do profeta Daniel, como, Isaac, filho de Abraão (que quase foi sacrificado a Jeová). O espírito Miramez em “Francisco de Assis” (por João Nunes Maia) fala de Isaac, Daniel, João Evangelista e Francisco Assis como o mesmo espírito. Emmanuel em “A Caminho da Luz” no capítulo sobre Francisco de Assis revela-nos: “Todavia, se a Inquisição preocupou longamente as autoridades da Igreja, antes da sua fundação, o negro projeto preocupava igualmente o Espaço, onde se aprestaram providências e medidas de renovação educativa. Por isso, um dos maiores apóstolos de Jesus desceu à carne com o nome de Francisco de Assis. Seu grande e luminoso espírito resplandeceu próximo de Roma, nas regiões da Úmbria desolada. Sua atividade reformista verificou-se sem os atritos próprios da palavra, porque o seu sacerdócio foi o exemplo na pobreza e na mais absoluta humildade. A Igreja, todavia, não entendeu que a lição lhe dizia respeito e, ainda uma vez, não aceitou as dádivas de Jesus.”Podemos encontrar várias analogias no percurso do Chico Xavier no Movimento Espírita, pois continuamos a repetir sucessivamente os mesmos erros, mesmo que mudemos a nossa roupagem religiosa. Antigos e actuais companheiros reconhecerão um dia, em plenitude, a Alma com que tiveram a oportunidade de conviver, e se a aproveitaram na reforma íntima que nos é exigida. Se tiverem um objetivo sério e feito por pessoas credíveis, os estudos sobre as reencarnações de um Espírito são importantes e avalizados pela Espiritualidade Superior. Se assim não fosse, Emmanuel não teria testemunhado algumas das suas vivências anteriores nas suas obras, que foram brilhantemente compiladas em “Deus Connosco” (Vinha de Luz). Yvonne Amaral Pereira, que Chico Xavier mui sabiamente designou como “Uma Heroína Silenciosa”, não se teria exposto através do relato de várias das suas existências (endividantes) em seus livros, se estes testemunhos não tivesse um objetivo útil para todos nós. Não são curiosidades fúteis. Quando aprendemos Doutrina Espírita as peças do puzzle vão se encaixando por raciocínio lógico. Cada vida é uma peça, uma biografia para estudarmos e aprendermos com ela. Juntando as peças, vamos evoluindo. É o jogo da nossa Vida. Analisando as vivências de Francisco Cândido Xavier e as suas convivências com ele, Geraldinho conclui: “a característica mais marcante do espírito de Chico Xavier é a Fé em Deus e em Nosso Senhor Jesus Cristo!”Nuno Emanuel, São Paulo – 25 Janeiro 2013 (aniversário de fundação de S. Paulo por Manuel da Nóbrega/Emmanuel) PS. Dedicado aos queridos Amigos Julieta e Geraldinho
A MISSÃO DE MANUEL DA NÓBREGA Conheça o trabalho grandioso deste missionário jesuíta que procurou respeitar a vida e a cultura dos povos indígenas Pedro Álvares Cabral, em 22 de abril de 1500, chegou ao Brasil, tocando seu solo pela primeira vez, do hoje Estado da Bahia. Em 1549 chegam os primeiros jesuítas, sendo chefiado pelo padre Manuel da Nóbrega, que muito trabalhou pela grande unidade fraternal, lutando firmemente contra a escravização dos nativos, fazendo seu trabalho de globalização respeitando a natureza do índio e preparando a vinda do Consolador. A Companhia de Jesus, de tão nefasta memória, inaugurou um dos períodos mais lamentáveis da história da humanidade, com o surgimento do Tribunal da Santa Inquisição, que fez milhares de vítimas em nome de Jesus. Todo este trabalho foi originado pela mente doentia de seu fundador, Inácio de Loyola. Assim, o papa Clemente XIV tentou extingui-la, em 1773, com o seu “Dominus AC Redemptor”, exclamando com enorme tristeza, “Assino minhas sentença de morte, mas obedeço à minha consciência”. Em setembro de 1774 ele desencarna vítima de envenenamento, por tal decisão. Esta Ordem, uma instituição de clérigos, tinha como objetivo, além dos bens materiais, converterem os indígenas ao Cristianismo. Paradoxalmente, como missionários, o principal propósito era a total obediência ao Papa e seus superiores, ficando mesmo para um plano de menor importância a mensagem de Jesus. No entanto, muitos dos subordinados não aceitavam essas diretrizes, trazendo-lhes alguns dissabores. Isso sem qualquer receio, pois tinha como seu grande aliado o meigo Jesus, sempre presente nas suas obras. Um desses lutadores, de grande iluminação e legítimo missionário de Jesus, foi o padre Manuel da Nóbrega, conhecedor da verdadeira natureza do homem e de Deus. Nascido em 18 de Outubro de 1517, em Sanfins do Douro, entre Douro e Minho, norte de Portugal. Em Salamanca estudou Humanidades, na Universidade local, e em 1541 bacharelou-se em cânones em Coimbra. Ingressou na Companhia Jesuíta em 1544, onde foi incumbido de chefiar a primeira missão, em Terras de Santa Cruz, juntamente com mais cinco companheiros. Aportou na Bahia em 29 de Março de 1549 e fundou uma igreja, na qual foi o seu pároco, entregando-se de corpo e alma, levando a palavra amiga e meiga de Jesus aos nativos. Criou desde logo um método pedagógico e didático, com a instrução elementar e secundária. O seu trabalho foi de tamanha elevação que foi contrário aos pseudo-valores dos colonizadores. Estes, revoltaram-se e desencadearam forte oposição, sendo obrigado a intervir o Rei de Portugal – D. João III – criando um bispado para que a catequese fosse investida de maior autoridade e força. Já o padre Manoel da Nóbrega respeitou sempre os valores, usos e costumes do povo colonizado. Aconselhava, mas, sem impor. Recusando-se a cumprir atos de violência, gerou graves desavenças com o novo bispo, D. Pero Fernandes, sendo também o primeiro bispo do Brasil. Nos finais de 1552, esse notável homem foi obrigado a abandonar Salvador e partiu para a capitania de S. Vicente, onde em 1553 fundou a aldeia de Piratininga e nela, o Colégio de São Paulo, dando origem e sendo o fundador da atual cidade de São Paulo, em homenagem ao Apóstolo. Em 1553 fundou nova igreja, em Maniçoaba, uma pequena aldeia, além de uma confraria, com o nome Menino Jesus, que era constituída por crianças órfãs de portugueses, escravos e indígenas. Isso tudo independentemente de costumes, etnias ou diversidade de populações, pois para esse coração tão grande, todos eram filhinhos do mesmo Pai, habitando o mesmo lar. Continuando sua notável missão, tendo como companheiro fundou mais residências com esse propósito, gerando grande confusão para os colonos e os seus superiores. Em 1559 foi demitido do cargo de provincial, devido ao seu heróico comportamento, onde lutava firmemente contra a escravidão dos nativos, propondo a igualdade dos povos e a luta contra a exploração do homem pelo homem. Nada apreciado pelos seus superiores. Em abril de 1563 foi confrontado com uma situação muito difícil. Surgiu uma revolta contra os portugueses e padre Manoel da Nóbrega pacificou os revoltosos com a sua pureza e doçura, alicerçado no Divino Amigo, transmitido nas suas ações que o ódio se combate com o Amor. Concluída a paz, a Rainha D. Catarina, regente do reino português, ficou surpreendida, assim como os seus superiores, já que estes pensavam que nada fazia prever tal atitude dos revoltosos – os Tamoios. Em 1565, chegada à paz, D. Catarina encarregou Estácio de Sá, administrador e militar que supervisionava as terras brasileiras, de fundar uma nova colônia, com a participação dos jesuítas do qual o padre Manuel da Nóbrega foi o primeiro superior máximo desta nova povoação, que hoje tem o nome da cidade do Rio de Janeiro. Estendeu a sua jurisdição a outras cidades; Santos, Piratininga, Espírito Santo, São Vicente, sendo também o fundador da cidade de Salvador, a primeira capital do Brasil. Esse notável espírito deu uma gigantesca contribuição para a história brasileira, regressando à pátria espiritual em 18 de outubro de 1570, no dia em que completava cinquenta e três anos, na cidade do Corcovado. Deve-se a ele a grande preparação mental e espiritual, e mesmo a criação das grandes comunidades, como Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. Cidades essas impulsionadoras e geradoras da evolução exponencial do Espiritismo. No entanto, a sua sublime edificação continuou, sendo um dos responsáveis pela elaboração da magistral obra da codificação proposta por Kardec no Século passado, desta vez como espírito desencarnado. SURGE EMMANUEL Em 1927, em conjunto com o seu fiel companheiro de trabalho, o respeitável Chico Xavier, dá continuidade à sua valiosa missão, apresentando-se como o mentor espiritual Emmanuel, que informou o médium de suas intenções, pois desejaria continuar sua obra ao lado dele. Acima de tudo, advertiu-o que deveria procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Allan Kardec, e disse-lhe ainda mais; se algo que aconselhasse não estivesse de acordo com as palavras de Jesus e de Allan Kardec, o médium deveria permanecer sempre com eles. Emmanuel abordou várias temáticas com a sua afável sabedoria, consolando, amparando e fortalecendo. Uma fonte inesgotável de esclarecimento e aconchego para milhões de almas desnorteadas e desalentadas. Suas palavras são simples e objetivas, e em cada frase consegue reunir os três pilares da doutrina espírita. Conhecemos apenas algumas trajetórias deste espírito, ao longo de sua evolução. “Há 2000 Anos”, quando era o impiedoso senador romano, Públio Lentulus; decorridos “50 Anos Depois”, nas vestes do escravo grego de origem judia, Nestório; 1500 anos depois como o padre português Manuel da Nóbrega, e finalmente, Emmanuel, abnegado divulgador do espiritismo. Numa das conversas com o seu fiel “companheiro de trabalho”, disse-lhe: “(...) conheci de perto as angústias dos simples e as aflições dos degredados (...) quis o senhor, que (...) o serviço do Brasil não me saísse do coração. A tarefa evangelizadora continua. A permuta de nomes não importa”, alicerçando de forma inegável que o Espiritismo veio esbater o ego dos exacerbados nacionalismos. Desta forma, Manuel da Nóbrega adicionou o prefixo “Em” ao seu nome, “Manuel”, dando origem ao nome Emmanuel. Na época do “descobrimento”, a grande parte dos portugueses que partiu para o Brasil era proveniente da capital do Norte de Portugal – Porto. Não foi por mera casualidade que o infante D. Henrique – conhecido na pátria espiritual, segundo o espírito irmão X, como Helil – reencarnou, cresceu e se transformou num dos grandes emissários lusitanos da providência divina. Diz-nos o espírito Emmanuel: “Nos albores do Século XV, quando a idade medieval estava prestes a extinguir-se, grandes assembléias espirituais se reuniram nas proximidades do planeta, orientando os movimentos renovadores que, em virtude das determinações do Cristo, deveriam encaminhar o mundo para uma nova era. Todo esse esforço de regeneração efetuava-se sob o Seu olhar misericordioso e compassivo, derramando sua luz em todos os corações”. REVISTA CRISTÃ DE ESPIRITISMO – Artigo fornecido pelo site da Associação Médico-Espírita da Área metropolitana do Porto – Portugal.